AKB48 - Satsujin Jiken



AKB48 é um grupo musical com trocentas meninas que se eu for falar delas especificamente, irá demorar um pouco, então recomendo ler esse texto do Alexandre Nagado que será bastante esclarecedor. Se quiser ler essa resenha antes, o que precisa saber é que AKB48 é uma espécie de coral-girl band, onde as meninas tem que parecerem eternas donzelas virgens.

Naturalmente, elas fazem vários papéis desde dublagens, atuação em séries e comerciais. E um dos comerciais deu origem a uma curta série veiculada na Shonen Sunday, "AKB48 Satsujin Jiken".




A história começa baseando-se em fatos reais: a saída (ou, como é chamado nesse meio, graduação), da queridinha dos fãs Atsuko Maeda (ou, como é mais conhecida, Acchan). Ela decide partir em carreira solo e decide chamar suas amigas do AKB mais próximas para conhecer essa carreira. Então descobrimos que ela seguiu o caminho mais lógico para uma idol: resolveu se tornar uma detetive.

Espera, o quê?

Mas, como último trabalho dentro da AKB, Acchan irá fazer um álbum de fotos com as outras membros numa ilha que acaba perdendo contato geral com a civilização. O que poderia dar errado?


Membros do AKB são friamente assassinadas, e Acchan é a única que poderá resolver esse mistério!
Uau, abençoadas sejam as Leis da Conveniência Universal!

O roteiro da mini-série é assinado por Gosho Aoyama, que criou Detective Conan (que, aliás, é citado em Satsujin Jiken). Nunca li Detective Conan, mas imagino que o cara tenha alguma experiência tratando-se se histórias de mistério.



Felizmente, o roteiro é bem-estruturado e imagino que não agradará somente aos fãs de AKB48. Os assassinatos vão deixando pistas para que se descubra a próxima vítima (já que se trata de uma serial killer), e até o método de mostrar o pensamento da culpada sem mostrar quem é é bastante criativo e não prejudica a leitura. Claro, ficaria estranho num live-action, por exemplo, mas não incomoda aqui.



Ainda falando da narrativa, ela parece se arrastar na metade, mas é compensada à medida que a história avança, de uma forma envolvente e que prende a atenção.

...ou talvez só funcione pra quem tenha alguma relação mais chegada ao trabalho delas. Talvez seja algo meio na linha de "My Little Dashie", só é tocante pros fãs de MLP.



A arte é assinada por Gotou Masaki, que aparentemente não fez nada além dessa mini-série. Mas é um traço bom e que nos poupa visualmente, já que tem 89 garotas na casa.
...o que de fato seria algo dispensável, uma vez que não são necessárias tantas garotas para fazer um álbum de fotos e certamente ficaria uma história mais limpa com pouco mais de uma dúzia de garotas como suspeitas.
Mas as garotas importantes pra história são retratadas fielmente com as suas contrapartes reais, bem como suas personalidades... Acho.

Em resumo, é uma boa mini-série de mistério que contém falhas mínimas, com enigmas bem montados. E como só tem 9 capítulos, vale a pena dar uma olhada mesmo que não seja tão fã de AKB48.