Super Mario Bros: A Grande Missão Para Salvar a Princesa Peach!


Vocês provavelmente devem conhecer o desenho do Mario. Aquele que tinha tanta consistência argumental quanto um danoninho e tanto esforço quanto aquele aluno que assina o nome no trabalho de última hora.

Aquele que tem o Mario e o Luigi cantando rap, sim.

Enfim, alguns anos antes, surgiu um filme baseado no primeiro jogo pra NES. E é um filme bo… 
É uma experiência interess… 
É… 
Vamos dar uma olhada.



A história começa quando Mario passa a madrugada jogando um jogo que parece uma paródia dos jogos de Atari, com um personagem que lembra muito o Ness de Earthbound. Massa, 30 segundos e eu já tou confuso.

Daí aparece a Princesa Peach pedindo ajuda, em seguida saltando da tela pro mundo real, seguida de vários bichinhos que provavelmente estavam atrás dela.

Mas o Rei Koopa pega a princesa de volta, e Mario decide ir resgatá-la junto com seu irmão Luigi, já que eles foram chamados por um mago que parece o Gandalf para tal missão.

...eu juro, é isso que acontece.

Uma imagem, muitas perguntas.

Então lá vão eles pra pegar 3 itens especiais (um cogumelo, uma estrela e uma flor) pra salvar a princesa… Porque motivos. Nunca é explicado direito o que os itens fazem, na verdade…

O filme é dividido em 4 partes. Na primeira temos o chamado à aventura, na segunda encontramos os dois primeiros itens, na terceira mais um item, na quarta a batalha final e conclusão.



Se o longa pretendia ser uma emulação do jogo, conseguiu… Quase. Temos os momentos de aventura, onde Mario, Luigi e um cachorrinho que parece aquelas minhocas de Yoshi's Island tem que enfrentar alguns desafios, e ao fim desses desafios eles conseguem o tal item.

No entanto… É uma narrativa sem emoção. Os personagens não tem alma, eles praticamente só tem um único traço de personalidade. Mario é o cara bonzinho que se apaixonou pela princesa, Luigi é ganancioso, o mago é um instrumento, a princesa é a princesa na torre… De fato, Peach acaba surpreendendo por saber usar um certo nível de estratégia, ao enganar o Koopa, mas logo em seguida os planos dela são frustrados e nada mais resta senão chorar.
Mas hey, pelo menos ela tentou fazer alguma coisa.


A narrativa geral é muito plana. Vá do ponto A pro ponto B, pegue o item, continue a viagem. Não tem muito a se ver aqui, é o básico do básico.

Uma das poucas coisas que pode irritar é o fato do filme sofrer da síndrome do “precisamos fazer barulho senão tira a atenção das crianças”, que também é a mesma síndrome do "As Aventuras do Gato Felix – O Filme" e "A Incrível Viagem de Pico e Colombo", embora em menor nível. Ainda assim, nas cenas de mais ação sempre tem um excesso de áudios agudos e intercalados (como os irmãos Mario gritando, moedas tilintando, música tocando, etc), tudo ao mesmo tempo, que acaba sendo altamente irritante.

Mas, quando se trata de transmitir o universo do jogo em animação, ele faz um trabalho bom, pelo menos sendo a primeira tentativa de adaptar pra outra mídia. Os cenários e desafios estão lá, as músicas estão lá, efeitos sonoros, etc. Claro que ele toma liberdades, como o já mencionado mago, personalidades dos personagens, o fato de Mario e Luigi terem uma mercearia...

Um ponto interessante são as propagandas dentro do desenho, que são uma das coisas menos sutis e mais bobas que eu já vi. E em certo momento chega até a influenciar a história.




Esse é, com certeza, um dos filmes mais esquecíveis que eu já vi, junto com The Super Inframan e Mighty Peking Man. Mas, por outro lado ele se torna memorável pela sua bizarrice. O grande forte realmente é ser uma adaptação fiel até demais ao jogo, mas ao mesmo tempo uma bagunça completa.

Não recomendo a menos que você seja um curioso ou um fã em estado terminal de Mario.