Aconteceu de Novo no Natal do Mickey




E COMEÇAMOS MAIS UM NATAL, MEU BANDO DE GAIVOTAS CHOCOLATANTES!

Essa época de amor, de paz, presentes, luzes, comida, e aguentar parentes chatos em festa perguntando se tu já tem um emprego ou se ainda passa o dia todo no computador falando de bonecas e que é por isso que tu ainda tá sem namorada!

HOORAAAY!


Vamo terminar o que foi começado ano passado, com a sequência de Aconteceu no Natal do Mickey!
Eu poderia resenhar um filme mais natalino como Duro de Matar, mas é o que tem pra hoje.


Assim como o original, o filme é uma coletânea de curtas relacionados ao Natal, mas ao invés de três curtas com plots acompanháveis, tem uns... 5?
Eu nem lembro direito, a Disney Wiki diz 5, mas a sensação tédica desse filme fez parecer que foi mais.


O primeiro curta é uma disputa de patinação entre Minnie e Margarida, e embora seja bom saber que os jacarés e hipopótamas de Fantasia ainda arranjam emprego e não tem mais que fazer pontas em Robin Hood, House of Mouse, e Gatos Não Sabem Dançar, a sequência em si não tem nada de mais além de algumas acrobacias cartunescas. Na real, é estranho ver Minnie e Margarida brigando por algo assim, Margarida sempre teve mais uma tendência a ser fofoqueira e vaidosa do que ciumenta e raivosa.

Isso é algo que o Donald faria.




O segundo curta é sobre Hugo, José e Luís fazendo merda e acabam tendo que ir pro Pólo Norte pra botar os próprios nomes na lista do Papai Noel, ao mesmo tempo em que causam bilhões de prejuízo em brinquedos. Basicamente tu quando tenta explicar pro teu pai quando tu gastou 300 conto num boneco do Seiya, quando devia ter pago a conta de luz: quanto mais tu explica, pior fica.



Lembra no outro filme quando Papai Noel era algo importante, que dependia de acreditar ou não, mesmo que o curta em si tenha jogado isso pela janela no último segundo? Pois é, isso tudo é jogado fora aqui, e é uma das coisas mais genéricas que eu vi na vida. Do Papai Noel à fábrica e aos elfos, tudo parece saído de um Elf Bowling da vida.

Sim, esse filme existe. Não, eu não vou resenhar ainda, eu tenho um limite do tanto de filmes ruins eu posso ver sem ter que abrir minha cabeça com um pé-de-cabra de novo.



Christmas Maximus traz de volta Pateta e Max, mas ao invés de termos um debate filosófico com um moleque de 5 anos sobre a existência de um velho gordo que invade casas pra comer biscoitos, temos Max indo visitar seu pai pra apresentar a nova namorada, Mona.

Sim, Max não está com Roxanne. Acontece.

Não, eu nunca vou superar isso, mesmo que a Mona pareça legal. Mas não é culpa dela, e sim do curta ser basicamente Max cantando sobre como Pateta é desastrado e queria que ele não fizesse Max passar tanta vergonha, mas no final fica tudo de boa.

...é.
O conceito dele tá no lugar certo, já que o Pateta sempre foi o mais pé-no-chão do trio principal (veremos isso lá na frente em outra resenha), mas... Meh. É um curta sem sal e previsível.



Donald's Gift serve de espelho pra você que tem menos de 30 anos mas sente que tem 50 e só quer ficar em casa relaxando empanturrando o bucho de leite com nescau, mas a patroa quer que tu vá pro shopping com ela e a gurizada pra bater perna porque é isso que seres normais fazem no Natal.

O que é mais estranho é que poderia ser um ótimo comentário sobre formas extremamente diferentes de passar o Natal, mas que é possível achar um meio-termo, já que Natal implica sacrifício. Mas não, Donald faz uma algazarra no shopping, e Margarida perdoa ele quando ele começa a reger um coral de rua...? Que...? Não faz sentido.


O último curta é sobre Mickey, que briga com Pluto porque o cachorro destruiu a decoração de Natal. Pluto foge de casa e pega um trem que vai parar no Pólo Norte.

Eu não sou exatamente um especialista em botânica, mas eu tenho quase certeza de que esse trem precisaria voar pra chegar dos EUA no Pólo Norte.

A menos que o Pólo Norte fique no Alaska.
Ou no Canadá, segundo Tim Allen.


É o curta que mais chega perto de dar alguma emoção, mas só porque o Pluto foge de casa e... Olha, é uma situação que sempre parte o coração. Fica pior quando o Pluto começa a sentir saudade do Mickey, e as renas não conseguem entender o que se passa.


A pior parte desse filme é que ele poderia ser especial como o primeiro foi. Ele poderia fazer rir, emocionar, pensar, mas ao invés disso decidiu ser uma versão feita sob medida pro... Sei lá, Disney Junior. E olha que o especial de Natal da Princesinha Sofia foi bem melhor que esse filme.
Ao menos dá pra fazer uma piada com Sailor Moon.

Ao invés de ter uma direção de arte competente e divertida de se olhar, tem modelos 3D que soam falsos e desengonçados, mesmo com os animadores fazendo o melhor que podem.As histórias tem um bom conceito, e até conseguem passar mensagens básicas de convivência, mas as idéias não tão completas, precisa trabalhar mais, desenvolver mais. Especialmente o curta do Donald, cuja moral é frouxa e sem sentido, mas que tem um excelente potencial.


"Ah mas é só um filme de natal pra criança não precisa ter isso tudo" O primeiro também era, e é lembrado como um filme de natal familiar legitimamente bom e memorável. Esse aqui é só um caça-níquel descarado e sem paixão.

Se as crianças quiserem muito ver, é ok, tem algumas morais boas até. Mas que não são passadas com a mesma habilidade ou amor do primeiro. Esse sim, vale a pena assistir todo ano.

E tamo só começando essa temporada de Natal! Vai vir mais coisa por aí e com sorte, mais memorável que esse filme.


NATHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAL