Eu juro pra vocês, eu tenho um legítimo medo toda vez que eu ouço que alguma coisa antiga vai ter remake/reboot/reimaginação. Eu já expliquei a fundo nesse artigo, então nem vou me demorar. Até porque, ao contrário do normal, esse é um filme muito, muito bom, e que captura a essência do original corretamente.
O fandom de tokusatsu é ao mesmo tempo algo fascinante e monótono, em se tratando de séries novas. Monótono porque sempre temos a mesma reação inicial de rejeição, e logo depois a série surpreende por ser muito boa (com algumas exceções). Fascinante pelo exato mesmo motivo, SEMPRE vai ter aquele grupo de pessoas do fandom que vai odiar o visual e prevê o fracasso total da série ou mesmo do gênero como um todo.
Junto a eles temos aqueles fãs abilolados que ainda não entenderam o conceito de tokusatsu, mas eu divago.
Graças a Deus, eles não são maioria no meio (até onde vejo).
E assim como foi com Kamen Rider W, Kamen Rider Gaim sofreu do mesmo preconceito ruim.
E deu um tabefe na cara de cada um desses indivíduos.
Lembram de Piratas do Caribe, né? Como foi um excelente filme de aventura e um sucesso inesperado, baseado em uma atração de um dos parques da Disney (lembrando que Country Bears foi um fracasso total). No mesmo período, lançaram Mansão Mal Assombrada, mas não deu muito certo, então resolveram dar toda a atenção a Piratas, porque era mais lucrativo n'stuff.
E como a Disney agora é mais empresa e que tenta atender aos pedidos do público ao invés de tentar se esforçar em fazer algo de fato bom e criativo, eles resolveram, em 2015, fazer o filme baseado em uma atração do EPCOT, Tomorrowland.
Hurricanger teve seu especial de 10 anos após o término da série. Era um negócio novo, fazer um especial nesse formato. Reunir os atores, dar um roteiro que fosse à altura de uma homenagem à série, ao mesmo tempo que servia de epílogo.
Eu não assisti Hurricanger, não assisti o especial, e essa resenha não é sobre esse especial.