Muito antes de Kick-Ass, e muito antes de Pantera Negra ser o primeiro super-herói negro do cinema (ignorando Steel, Meteor Man, Tempestade, Blade, e o tema de hoje), Blankman existiu.
O herói do povo, dos ignorados, dos oprimidos, que busca fazer pelo menos sua própria vizinhança melhor, mesmo morando no equivalente americano do Rio de Janeiro. Ou do Pirambu, mas o Wolverine supostamente resolveu esse problema.
Sério, me cobrem de escrever sobre Wolverine: Saudade qualquer dia desses.
Mas por ora, vamo relembrar Blankman e tentar descobrir porque é um filme que divide tantas opiniões.
Bambuluá, a novela infantil que tentava ser os Power Rangers do Projac. Ou Projac Rangers. De fato, esse nome é bem melhor que Cavaleiros do Futuro, mas eu divago.
Veja como Angélica se juntou a um fantoche das Garras da Patrulha e crianças de pijamas coloridos na luta contra O MAAAAAAAAAL!
Dia desses eu conversava com o Complexo sobre cinema. Ele já não tem mais o hábito de ver filmes, porque os filmes bons não o atraem mais, não há mais aquele mistério, aquele senso de descoberta. E eu concordo 100% com ele.
Quando tu começa a trabalhar assistindo filmes, tu começa a notar os padrões, e aquela magia que tu tinha antes fica meio morta. Dificilmente ela é atiçada.
Por isso que normalmente filmes fast food, ou mesmo bizarramente ruins são melhores do que filmes legitimamente bons. Se eu tiver que escolher entre Guerra Civil e o Musical do Superman, com certeza eu vejo o Musical.
...e depois Guerra Civil porque é um filme do balaco baco.
E esse é um desses filmes. Um fast food japonês, praticamente. Um nível de self-aware do quão bizarro e cômico ele é que chega perto de Josie and the Pussycats.