Imagem meramente ilustrativa. Eu espero. |
Eu amo Bob Esponja. Foi um dos desenhos que marcaram minha infância, engraçado, e com personagens e momentos memoráveis.
Até que em algum ponto a Nickelodeon resolveu fumar um cachorro-quente com purê de batatas e virou a bela porcaria que é hoje, com seus sitoms repetitivos, irritantes, e previsivelmente sem graça.
Sério, desafio a qualquer um a ver a dobradinha "Sanjay e Craig - Breadwinners" sem querer chorar em posição fetal ouvindo "Two Worlds" do Phil Collins.
Em russo.
Mas outro dia falo de Sanjay e Craig e Breadwinners, hora de falarmos sobre os episódios modernos de Bob Esponja.
E já aviso, algumas descrições e imagens podem ser fortes pra algumas pessoas.
Eu não queria ter que falar nesse assunto tendo como motivo certas coisas que aconteceram recentemente. É um assunto bastante interessante, e que eu adoro estudar, debater, e pesquisar.
Mas aparentemente eu preciso começar do começo.
Muito se tem falado sobre a nova lei do CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), sobre a publicidade voltada a crianças. Inclusive, tem-se feito terrorismo sobre ser "Uma norma pra acabar com os quadrinhos nacionais". O que não é de todo mentira, mas é um título sensacionalista. A poeira baixou (pelo menos até onde pude ver), mas ainda sinto que é necessário falar algumas coisas.
Nesse texto, eu pretendo traçar algumas ideias sobre toda essa marmota.
Quem é Tio Patinhas? Porque amamos tanto ele? O personagem, embora seja considerado um Herói, possui traços de Anti-Herói, como ser avarento, mau-humorado, além de colocar o lucro e satisfação pessoal acima de outras coisas e pessoas.
Nestas linhas pretendo definir o personagem baseado em histórias e informações acerca dele e procurar o motivo principal que faz do Tio Patinhas um personagem tão amado e querido.
Vivemos em uma era em que é muito importante ser fã de alguma coisa pra criar sua própria identidade. Não é um conceito totalmente errado, visto que o que consumimos (seja cultura ou produtos propriamente ditos) pode dizer muito de quem somos somo indivíduos. Mas até que ponto?
Surgiu, nos anos 80, um termo chamado "poser". É deles que falarei hoje.
Hoje iniciarei uma linha nova de artigos, intitulado de Editorial, onde farei uma avaliação geral de algum determinado assunto.
Já faz algum tempo que quero falar sobre isso, e hoje irei fazê-lo, já que não é um assunto que aparece constantemente, e é algo que acredito que deve ser debatido no meio artístico: O que é algo "infantil"?