O Cão que Guarda as Estrelas
Quem me conhece sabe que histórias dramáticas não são bem a minha praia. Nada contra o drama em si, mas pessoalmente eu prefiro uma história com mais elementos fantásticos e irreais, e inserido nele o drama, a comédia, o romance.
Mas quem resiste a cachorrinhos?
A história narra sobre um cachorro apelidado de Happy, que foi adotado por uma família. No entanto, a família se desestrutura e o chefe da casa, após descobrir uma doença, decide viajar para a terra natal dele com o cachorro, e a história se desenrola a partir daí.
E o que vemos é uma amizade genuína entre um homem e um cachorro, uma verdadeira história de sacrifício e companheirismo. A história em si não tem pontos específicos ou muito claros de desenvolvimento. Sim, ele segue a Jornada do Herói, mas de uma forma mais suave.
É como alguns filmes do Miyazaki: não acontece muita coisa, tem mais foco nos personagens fazendo coisas, se auto descobrindo, companheirismo, dificuldades, etc. Parece desinteressante, a princípio, mas os personagens são tão amáveis que você deseja de fato conhecer mais sobre eles e ver mais deles.
Tanto Happy quanto o homem são personagens interessantíssimos, e tridimensionais à sua maneira. Ele é um homem que perdeu quase tudo que tinha na vida, e Happy é um cachorro que não entende muito bem os sentimentos e problemas humanos, mas que tenta ajudar como pode.
A história é toda narrada pelo ponto de vista do cachorro, e no começo é uma coisa muito fofinha, continua sendo fofinha, e é uma arma essencial no final da história, que talvez leve alguns ás lágrimas.
Sei disso porque eu sou muito difícil de chorar, mas houve tanto investimento emocional nesses personagens, e em especial em Happy, que eu não consegui não sentir meu coração meio partido após a leitura.
E ainda há outro conto, que complementa a história original, sobre um assistente social que é chamado pra enterrar um homem desconhecido e seu cachorro.
Sim, é o homem e Happy, big shock.
Mas não é simplesmente um spin-off ou história complementar, não, não. É de fato outra história, sobre esse assistente social e sobre como esse caso em particular o faz ter várias lembranças de infância e sobre as decisões que ele tomou.
Com uma belíssima e sincera arte, O Cão que Guarda as Estrelas é uma obra que nos faz refletir, relembrar, amar, valorizar. É uma poesia que exalta as coisas belas da vida, mesmo que nós não possamos vê-las no momento.
2 comments
Own *-* fiquei muito interessada *-*
ResponderExcluirTão fofinho, awwwwn!
ResponderExcluirMe gusta
Beijos :*
Micaela Ramos
Feita de Versos e Letras