Figment 2
Mas será que é tão "ok" quanto o anterior? Me acompanhe.
Mas, ao invés de ser uma atração temática, o lugar é na verdade a Academia onde Dreamfinder estudava sobre a mente e blábláblá. Mas ao chegar lá, eles descobrem que se passaram aproximadamente 100 anos desde as suas últimas aventuras, e a academia foi remodelada para seguir seus ideais de criatividade.
No entanto, ao realizar uma demonstração da máquina de materializar imaginação, Dreamfinder começa a ser tomado pela dúvida, que cria o Doubtfinder e o possui, e acaba controlando toda a Academia.
Cabe a Figment se juntar com a tatara-tatara-tatara sobrinha-neta de Blarion, e ajudar Dreamfinder a derrotar Doubtfinder.
O traço tem um estilo mais cartunesco, e assim como seu predecessor, tem alguns problemas na execução. Mas eles se restringem erros de anatomia, e que podem passar batido caso o desenhista esteja sob pressão de deadline, ou se entupindo de café trabalhando até às 3 da madrugada tendo que acordar às 8.
E são erros pequenos, que podem-se contar nos dedos e acabam sendo ofuscados pelo belíssimo traço cartunesco, que aliado às cores vivas, torna a história muito mais agradável de se olhar e acompanhar.
Se Figment ganhasse uma série animada, seria nesse estilo que eu gostaria de ver.
Enquanto Figment explorava as motivações de Blarion de criar criações, Figment 2 explora o processo em si. Doubtfinder é a personificação da dúvida, do medo de errar. Sentimento esse que fora colocado em Blarion quando ele ainda era criança (que foi explorado na primeira mini-série e que tem um espaço aqui também). E, de novo, o grande trunfo da obra é saber como se comunicar com quem usa de criatividade no seu dia-a-dia.
Dúvida e medo são duas coisas que acabam por estressar nossas vidas, nos empatar de seguir, de tentar, de errar e aprender com os erros. São sentimentos naturais e compreensíveis, mas precisam ser superados. Blarion criou esse medo também pelo fato de se sentir ultrapassado e querer muito provar aos outros e a si mesmo de que ele é capaz de continuar relevante e criativo, mesmo num mundo cuja tecnologia pra ele pareça magia.
E são erros pequenos, que podem-se contar nos dedos e acabam sendo ofuscados pelo belíssimo traço cartunesco, que aliado às cores vivas, torna a história muito mais agradável de se olhar e acompanhar.
Se Figment ganhasse uma série animada, seria nesse estilo que eu gostaria de ver.
Mesmo se você não trabalha com processo criativo, se sentiu assim algum dia. |
No final das contas, o inimigo de Blarion era ele mesmo e seus medos, os quais ele nunca havia enfrentado, ao menos não daquele jeito.
Incapaz de falar se não for por rimas. |
Tanto Figment como Figment 2 valem muito a pena, caso saibam inglês. É uma criativa história sobre criatividade, e faz jus à atração original.
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