Kim Possible (2019)



A transição de animação/video games/quadrinhos/livros/propaganda de doce pra live-action é complicada. Vários tentaram, poucos tiveram sucesso. Eu mesmo já mostrei alguns aqui: os que fizeram bem seu trabalho, os medíocres, os ruins, terríveis, e Riverdale.


E ultimamente eu venho relatando sobre as produções Disneyanas, que querem refazer, continuar, ou jogar um legado no lixo, e como essas produções são um produto de nosso tempo e que tem precedentes lá nos anos 90 (e se quiser esticar, 60, mas isso é história pra outro dia).

A última surpresa que a Casa do Rato preparou pro seu público foi um live action baseado no excelente desenho... dois... milenista...? Mile... Dois e... Dos anos 2000, Kim Possible.


E surpreendentemente, é um filme bom.
Ok, deixe-me reformular a frase. É um filme do Disney Channel legitimamente bom.




Antes, é importante entender do que se trata o desenho original e em que época ele veio.

Da sua criação nos anos 80 até os anos 2000, o Disney Channel foi criando sua própria programação usando IPs próprias, como uma série com fantoches do Pooh, o Novo Clube do Mickey, e... Uh... Adventures in Wonderland conta? Eu vou considerar, vai. Nunca vi a série e não sei quanto bebe do longa animado, mas tanto faz a essa altura.

Curiosamente, não tinha muita animação própria, até chegar Proud Family, que é tu provavelmente não lembra até jogar o nome no Google e soltar um "aaaahhh sim". Até então, a maioria das séries no canal (pelo que eu vi no Wikipedia) eram de comédia, ou live action, ou comédia live action, ou algum game show que provavelmente se encaixava em alguma das outras categorias. É capaz que passasse reprises dos desenhos do Disney Afternoon, como Gárgulas e Darkwing Duck, mas é uma da manhã e eu devia estar dormindo a essa hora pra acordar cedo no outro dia, então eu não vou pesquisar agora.

De qualquer forma, Kim Possible veio pra preencher essa necessidade de uma comédia adolescente de ação. E cumpriu seu dever com louvor.


Seguindo o fotmato de Vilão da Semana (como a maioria das séries de ação/super-heróis), Kim Possible consegue entregar personagens incrivelmente gostáveis e identificáveis, com diálogos engraçados, ação divertida, e um design de produção esplêndido demais.

Sério, eu sou APAIXONADO pelo design desse desenho. Os personagens tem linhas fluidas e vivas, os cenários são artisticamente bonitos, e tudo se mescla bem. É só um dos elementos que faz que o desenho funcione, algo que Phineas e Ferb iria beber MUITO no futuro.

Não parece, mas ambas as séries tem mais em comum do que cê pensa.


Ok, então passa-se muito tempo de lá pra cá, o público original cresceu e viraram jovens chatos e rabugentos, e o público novo não conhece o desenho. Uma coisa leva a outra, e o Disney Channel resolve fazer um filme live action baseado num desenho, o primeiro do estilo.

Diga-se de passagem, o desenho original é curiosamente atemporal. Até hoje ele funciona perfeitamente bem, mesmo pra crianças. Faça o teste qualquer dia, mostre Kim Possible pra qualquer criança em torno de 10 anos e veja o resultado.

Enfim, alguns chiaram pela idéia, mas agora temos o filme em mãos. Metaforicamente falando. A menos que cê seja um nostálgico demais e queira gravar o filme em DVD, ou tenha algum tipo de necessidade mental de ver em VHS, sei lá porque.


A história começa já com Kim e Ron sendo os agentes secretos (?) freelancer, sendo mais uma missão pra salvar um cientista que foi forçado por um super-vilão a fazer uma super-arma cartunescamente imbecil. Ao contrário de Scooby-Doo: O Filme, a tática de mostrar um pouco do que era o desenho no começo funciona aqui, já que a série animada não era tão formulaica quanto Scooby-Doo.

Mas logo descobrimos que Shego liberta Drakken, o arqui-inimigo de Kim Possible, e agora ele tem um plano de roubar a fagulha que faz Kim Possible ser Kim Possible. O que agora falando em voz alta, soa como algo que Tetsuya Nomura faria. Huh.

Enquanto isso, Kim e Ron entram no Ensino Médio, e Kim tem um tempo difícil ao tentar sobreviver no colégio, com professor que pega no pé, a patricinha básica odiável sendo a patricinha básica odiável, e basicamente tudo fracassando e ruindo ao redor enquanto todas suas excelentes habilidades são menosprezadas pelos outros e seus sonhos e projetos são destruídos com uma fanfarra de gente dançando tango enquanto cavam sua cova pra então poder sapatear em cima, quando estiver cheia dos seus miseráveis restos mortais em decomposição.

Ou seja, o ensino médio básico.


Nesse meio tempo, eles conhecem Athena, uma guria que também tá tendo problemas no primeiro dia, e após demonstrar grandes habilidades físicas, acaba se juntando ao time Possible, e também tomando todo o espaço que Kim tinha, e ela começa a ter aquelas crise de identidade.


Se você esperava um filme grandioso (provavelmente como foram os longas animados da série; eu sei lá, eu só vi um pedaço de um então não sei), pode esquecer. Assim como é normal em adaptação do tipo, o filme nada mais é do que um episódio da série incrivelmente longo. Não há grandes desafios, grandes questionamentos, grandes revelações: é uma história bem direta e que espelha muito o que a série é. E quando ele faz isso... é até divertido.

O filme até tenta emular a sequência de abertura, com uma versão musicalmente adaptada pra millenials, mas incluindo algumas cenas inspiradas diretamente nas cenas da abertura, o que é sensacional em qualquer ângulo que cê queira ver. É tipo aquelas versão feita por fã de After Today, é interessante só pelo esforço de fazer algo conhecido de outra forma..
Curiosamente, deixaram a palavra "page" na música, o que deve deixar a maioria dos millenials confusos mas ok.


Como eu dizia, o filme tenta emular a narrativa e estilo geral do desenho, ao mesmo tempo em que tenta fazer algo próprio. E ele consegue fazer isso, enquanto adapta alguns elementos pro nosso tempo. Em 2002 ter videochamada num palm top era uma parada altamente futurista, e encaixava no conceito de espionagem fantasiosa da série. Mas hoje videochamada é o que nossas tias fazem quando deviam fazer algo de mais importante e ficam interrompendo tua partida de Paladins pra perguntar "eu apertei essa setinha pra trás e ele voltou, como eu faço agora? (sic)". Não soaria tão maneiro como soava no início do milênio, então eles adaptaram pra um colar que projeta um holograma, de onde Wade cumpre seu papel de Oráculo.

Os visuais obviamente não seguem o mesmo padrão semi-abstrado de linhas fluidas do desenho, e seria impossível fazer a Kim ou a Shego com aquele cabelo. Adaptações foram necessárias, e o resultado final consegue evocar a iconografia do desenho, mas funcionando num mundo real. Até o Ron dava pra fazer parecido, mas não é como se aquele estilo de cabelo fosse essencial.


O visual dos vilões também tá sensacional, com um vilão alemão cujo nome não me lembro no começo só pra servir de introdução e fanservice, já que é interpretado pelo dublador original. O design de figurino e maquiagem segue mais ou menos a mesma linha que a Marvel tem feito nos cinemas: pegar as roupas icônicas e dar um toque realista. Shego e Drakken usam roupas de couro coloridas, o que encaixa no conceito de super-viões de desenho animado. A série era bem self-aware (de novo, Phineas e Ferb beberam muito disso), então o filme também é um pouco.

Drakken não é mais tão azul, claro, mas fazem o que podem. Shego é verdemente pálida e... Por algum motivo os poderzinho dela vem de braceletes? Digo, ok, não é como se não fizesse sentido, mas... Ela não era simplesmente uma guria com superpoderes? Ela fazia parte dum supergrupo de irmãos que foram atingidos por um arco-íris e ganharam poderes e-ok, fiquemos com os braceletes. Faz mais sentido. E ainda dá pra botar o plot de super-heróis em algum momento do futuro.


Uma das coisas que eu mais amava na série era a dinâmica entre os personagens. Drakken é basicamente o Doofenshmirtz (sim, dá pra fazer um drinking game de tanto que eu tou citando Phineas e Ferb aqui, não me enche) só que legitimamente mal. Ele tem planos mirabolantes e grandiosos na série, e é cartunescamente vaudevilliano. Ou James Bondeano, sei lá. Shego é a mente pensante de fato. Eu amo o fato de que o chefe da dupla é um retardado, mesmo tendo lá suas boas idéias e sendo legitimamente ameaçador; enquanto a assistente que é a que dá os toque pra ele quando ele tá exagerando. Não por ela querer roubar a cena, mas por gostar do trabalho de ser DUMAL.

Temos essa mesma dinâmica aqui, com a mesma Shego sassy e soltando one-liners sempre que pode. A atuação dela também é perfeita, embora o Drakken seja menos cartunesco do que deveria. Ainda assim, eu tive que olhar no IMDB porque o cara faz a exata voz do Drakken no desenho, eu jurava que era o dublador original.


E sim, os atores são surpreendentemente bons. Alguns dos protagonistas são novatos, como Shego e Kim, mas mostram que conseguem demonstrar as emoções necessárias. Especialmente Kim, que passa por momentos que exigem muito de sua performance emocional, e ela mostra que tem potencial, embora ainda tenha suas limitações. Pro que lhe foi pedido, ela faz surpreendentemente bem, além de ser simpática à beça.


Infelizmente, nem tudo que o filme tenta fazer imitando o desenho dá certo.

Mas isso aqui ficou SENSACIONAL.

A comédia do filme é incrivelmente fraca, inclusive em one-liners. Cê sabe, aquelas frase-feita típica de história do gênero, tipo a mecânica básica de luta em Monkey Island™. Enfim. O desenho era cheio de coisas do tipo, memoráveis ou só engajantes. Aqui... eh. Maior parte do filme se foca no desenvolvimento dos personagens como personagens, o que acaba não dando tanto espaço pra comédia. O que é até compreensível, não dá pra botar todos os elementos de 4 temporadas e 2 filmes em 1h20.

Eu queria ter visto mais do pai, dos irmãos, ou raios, até do Ron, que acaba surpreendentemente meio apagado do filme. Ele é um bom personagem, fiel ao original, tá lá pra ajudar e apoiar Kim até nos momentos difíceis, mas... Sei lá. Ficou faltando algo que eu não sei exatamente o que é.

Isso porque ainda temos tempo pra botar a avó e a mãe de Kim lutando. É! A avó eu entendo, que é praticante de artes marciais, mas a mãe? A neurocirurgiã? Uma personagem que naquele momento não vai fazer a MENOR diferença no plot? Bota a avó, luta, deu apoio emocional e conselho pra Kim no meio do filme, show, mas... É só porque ela tava em Buffy? Sério?

Also, algumas coisas foram adaptadas pros tempos modernos, mas ainda é algo que soa condizente com o universo de Kim Possible. Por exemplo, cê vai ver personagens tirando selfie e fazendo livestream, ou uma versão só pra vilõs do Instagram, e Drakken fazendo duckface. Aliás, parando pra pensar, duckface deixou de ser moda depois de 2012, então Drakken fazer isso em pleno 2019 soa bem dentro do personagem, ao invés da gente zoar que ninguém faz mais isso e os produtores só querem forçar algo moderno porque sim.
Tipo Padrinhos Mágicos fez em seu estágio de decomposição.


E outra coisa que ficou menor do que deveria foi o plano de Drakken. De novo, esperando um FILME da Kim Possible, com uma história interessante, nova, e grandiosa na medida do possível. Tem planos de Drakken no desenho que são mais criativos do que esse aqui, que... É na real meio complicado até. Ele pretende sugar a... fagulha de Kim, mas mesmo depois de explicar o plano, ainda não sabemos exatamente COMO raios ele fez isso, nem pros padrões de cientista do mal maluco.

Tipo, não precisa ser cientificamente acurado. Raios, a gente quer que NÃO seja cientificamente acurado, só queremos que visual e narrativamente faça sentido, tipo a troca de cérebros do Chapolin, feito com duas tigela de salada e uma mola. Aqui não vemos em momento algum COMO ele armazena a energia da Kim.
E mesmo assim, é um plano que tem potencial, mas acaba sendo meio retardado mesmo pros padrões da série. Se o Drakken do desenho fosse tentar fazer isso, seria de uma outra forma, talvez mais teatral, maior, sei lá.



A ação também não é lá essas coisas, o que é uma pena, já que a série tinha uma animação de luta ESPETACULAR, quase do nível de Avatar. Sério! Eram lutas rápidas, criativas, divertidas, e altamente irrealistas, mas com justificativas encontradas na base dos personagens.
Por exemplo, ninguém em sãs condições poderia dar aqueles saltos mirabolante que a Kim usava nas suas lendárias lutas contra Shego, mas ao mesmo tempo, ela é uma líder de torcida, dar saltos mirabolantes é só mais uma terça-feira pra ela. Cê estica a suspensão da descrença, mas a justificativa tá lá, e como os personagens, design, e história são tão divertidos e interessantes, tu não liga pra isso.

Aqui, as cenas de ação são aquém do mediano. Não são ruins nem mal executadas, só são desprovidas da criatividade e velocidade que fez o desenho ser tão marcante. Eu não sei se eles não tiveram tempo ou orçamento pra fazer, mas é algo que faz falta.

Also, esse maluco de Ron também
parece o Kirk Cameron.

Mas mesmo com tudo isso, eu gostei. Não é um filme ruim, especialmente se tu for atrás de ler as críticas em agregadores. Tem algumas que eu juro, ou dormiram no meio do filme ou ignoraram fatores só pra poder ter o prazer de reclamar. Sim, não é melhor que o desenho ou os outros filmes. Claro que não é. É um MALDITO FILME DO >DISNEY CHANNEL< FEITO COM UM ORÇAMENTO EQUIVALENTE A UM OVO COZIDO E UM ALHO-PORÓ. Algo que se reflete muito na CG bizarra (curiosamente, Rufus é a melhor CG desse filme. Papo sério.). Mas não é essa desgraça toda.

É basicamente um episódio da série, só que dura 1h20 e tem algumas surpresas no caminho. Os mesmos criadores voltaram como produtores executivos, e provavelmente foi isso que evitou que o filme fosse uma catástrofe, ou simplesmente medíocre. Como está, é... Um filme que meio que existe. Mas é divertido. É o tipo de filme que se eu visse passando na TV, pararia pra ver, porque é diversão sem mente, mas que ainda tem um certo carinho e respeito pelo original.

E a melhor coisa desse filme, é que o Disney Channel voltou a passar o desenho original.

Só por isso, esse filme merece ao menos um aperto de mão.






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3 comments

  1. +Kapan, gostei bastante da resenha!

    Penso que se a Walt Disney Pictures quisesse produzir um ótimo filme da Kim Possible para o cinema, algumas coisas teriam que ser alteradas, como:

    1) Duração: a duração do filme da Kim Possible teria que ser pelo menos o dobro desse filme do Disney Channel (2h e 40 min), dando tempo para melhor desenvolver e apresentar os personagens;

    2) Orçamento: obviamente teria de ser muito maior (no mínimo 140 milhões de dólares), para trazer atores de peso e produzir boas cenas de luta com efeitos práticos (somente usando o CGI de maneira pontual);

    3) História (aqui um ponto polêmico): seria interessante o começo do filme da Kim Possible se passar em 2002, quando ela é uma adolescente e daí, cortar para os dias atuais, tendo que lidar com o peso de missões falhas que mudaram muito a sua personalidade com o passar do tempo, bem como o retorno de vilões como a Shego e o Drakken (talvez o seu filho apareça também).

    Obs: seria muito interessante para o Universo DC Comics nos cinemas e para os filmes de super-heróis em geral, o terceiro filme da Mulher-Maravilha apresentar um crossover entre a super-heroína e os Cavaleiros do Zodíaco (formação clássica, aquela mesma que passava na Manchete e depois na Band), adaptando o primeiro arco dos Cavaleiros no anime da série clássica. Sério, seria um sonho ver isso ocorrer, pois, caso esse filme seja bem sucedido (só imagine que esse filme teria o potencial de arrecadar no mínimo tanto quanto o primeiro Vingadores (2012)), é praticamente meio caminho andado para um filme live-action desse grupo.

    Obs 2: estou no aguardo para um artigo seu sobre a importância que os intervalos possuíam nos filmes antigos no cinema e como poderia ser algo bom hoje, bem como algo ruim.

    No mais, continue com o excepcional trabalho e aguardo resposta!

    ResponderExcluir
  2. +Kapan, seria uma excelente ideia adaptar os antigos filmes musicais da Era de Ouro de Hollywood (alguns exemplos: Cantando na Chuva, Vendedor de Ilusões, A Noviça Rebelde, entre outros) em animação estilo de anime.

    Imagine só as possibilidades de assistir musicais clássicos refeitos em um estilo de animação que faria justiça as obras...

    Obs: eu assisti em um vídeo de paródia de Tron: O Legado (nome: YTP: The Grid Runs On Windows XP) a possibilidade de se juntar os filmes A Origem (Inception) e Tron: O Legado, formando assim, Tronception! Imagine só que legal seria assistir um filme com os visuais absurdamente ótimos de Tron: O Legado com as nuances de roteiro de A Origem. Seria sem sombra de dúvida o filme fora do ramo de super-heróis mais ambicioso já feito até hoje, com possibilidade de ganhar tanto dinheiro quanto Vingadores: Guerra Infinita ou até mesmo mais (se bem me lembro, ambos os filmes já são considerados cult e já possuem muitos fãs (eu prefiro Tron: O Legado).

    No mais, continue com o excepcional trabalho e aguardo resposta!

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  3. +Kapan, uma coisa que fiquei pensando agora: de todos os erros cometidos pelo Universo Cinematográfico da Marvel, penso que o pior deles foi não ter explorado decentemente o universo de personagens do Thor (é uma das mitologias mais ricas da Marvel).

    Só para se ter uma ideia, os Três Guerreiros e a Lady Sif foram muito subaproveitados, bem como a não aparição do Bill Raio Beta, Encantor e do Baldur (acho que é esse o nome, corrija-me se eu estiver errado), são praticamente imperdoáveis.

    Os filmes do Thor (caso fossem baseados na fase do Walt Simonson), deveriam ter 3 horas de duração, com um orçamento maior, com aventuras épicas explorando os outros reinos do que eles consideram os Nove Reinos (tem um quadrinho que mostra o Thor junto do Loki e do Odin enfrentando o Surtur-teria sido muito bom ver isso nos filmes), bem como algumas aventuras no espaço (a Lady Sif teria uma carruagem puxada por bodes viajando pelo cosmos-isso é muito quadrinho, e que até mesmo isso apareceu em um episódio do saudoso desenho Vingadores: Os Heróis Mais Poderosos da Terra, na segunda temporada, episódio 8, chamado A Canção do Bill Raio Beta).

    Em contra partida, os filmes do Aquaman e do Pantera Negra conseguiram em suas devidas maneiras explorar bastante a mitologia dos seus personagens em seus respectivos primeiros filmes solo do que o Thor nos seus dois primeiros filmes (o terceiro filme, por mais que eu não goste muito, devido ao excesso de humor, acertou em explorar um pouco mais a mitologia do personagem).

    O mínimo que a Marvel deveria fazer para reparar essa disparidade de exploração de mitologia de personagem no UCM seria ao menos providenciar uma adaptação em animação de toda a fase do Walt Simonson em uma mini-série animada, para ao menos o público ter o gostinho de fidelidade aos quadrinhos que ficou faltando nos filmes.

    No mais, Kapan, continue com os excepcionais artigos e aguardo resposta!

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