Saving Mr. Banks
Mary Poppins é um daqueles filmes que nunca fica velho, e cada vez que eu assisto, ele só fica melhor. Assim como O Mágico de Oz, ele tem um charme e conteúdos atemporais. E assim como O Mágico de Oz, aconteceu muita coisa nos bastidores.
Mas enquanto na aventura de Dorothy as coisas foram apenas desordenadas em relação a interpretação e execução, em Mary Poppins as coisas foram um pouco mais… Desastrosas.
De qualquer jeito, vai ser um bom aproveitamento do seu tempo.
E uma das questões que esse filme mais toca é justamente a da adaptação. Eu sempre digo, uma adaptação PRECISA tomar certas liberdades pra funcionar, contanto que se mantenha no espírito da obra original. Com a mesma confusão que eu ouvi gente reclamando da cor do cabelo da Annabeth em Percy Jackson, um dos Irmãos Sherman ouviu PL Travers reclamando do fato de que o Sr. Banks tinha bigodes. E nesse momento ele soltou um sonoro “E isso importa?”. Duas vezes.
E num ato Herosástico, PL Travers expulsou-o da sala.
"Discordou de mim? Toma esse ban!" |
À medida que o filme avança, vamos vendo esses pequenos momentos, esses atritos, que ajudaram a formar Mary Poppins, e talvez até entendamos melhor o produto final.
Também temos vários momentos de flashback da própria PL Travers. Que sim, são romantizados, mas que funcionam justamente por serem memórias de infância romantizadas. E mesmo assim, durante o filme, parece que Travers vai redescobrindo cada vez mais detalhes da sua infância, detalhes que a levaram a escrever o livro em primeiro lugar, e que ela se nega a aceitar algumas verdades.
A página de trivia do IMDB do filme tem algumas notas sobre essas mudanças, se sentir curiosidade, recomendo que vá ver.
Definitivamente recomendado, com a força de mil sóis, ambos os filmes.
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