Pilotos Cancelados: Dixie's Diner (1989)


Os anos 80 eram realmente fascinantes.

Em que outra década você vai encontrar propagandas de brinquedo que duram 20 minutos sendo interrompidas por propagandas de outros brinquedos? Era viver no auge do consumismo, mas sem a tecnologia excessiva e invasiva que vivemos hoje, até porque naquela época ainda tinham brinquedos que te incentivavam a juntar os amigos e praticar exercícios ao ar livre!

Enquanto isso pra mim só aparece propaganda de cassino falso.

E ainda perguntam porque existem canais e mais canais no YouTube dedicados unicamente a postar compilações de propagandas da época. Às vezes tudo que o ser humano precisa é ver uma propaganda de Bubble Thing pra se manter são.

Propagandas podem ser arte, se você quiser o suficiente, é o que eu sempre digo.

Mas nem tudo nos anos 80 eram flores, e alguns desses desenhos feitos unicamente pra promover a venda de pessoinhas de plástico não saíram da fase de planejamento, e analisar porque esses desenhos fracassaram parece uma boa idéia.

Lembrando que não sou nenhum profissional do ramo, eu só gosto demais de matutar sobre marcas e produtos, ainda mais se eu posso colocar eles num ringue de wrestling pra disputarem o último milk-shake do dia. Então não levem isso a sério, ok?

E se você levar a sério, que Michael Eisner tenha piedade de sua alma.

Avante!


Afinal, o que raios é Dixie's Diner?

Em 1987, a Tyco fez uma linha de brinquedos pra meninas inspirada em Happy Days... ou Archie... ou Grease... ou naquela idéia idealizada do que eram os anos 50, só que sem brigas de gangues, drogas, balé ameaçador, e sem o medo constante de uma guerra nuclear que forçava o pai da família a construir um bunker no quintal.

Como eu sinto falta de ver Happy Days, mas sem legenda é intankável.

Dixie's Diner é basicamente um intermediário entre uma Polly Pocket e Fofolete, e os brinquedos não eram de todo ruim. As figuras eram bonitinhas o suficiente, as personalidade de cada uma eram exageradamente identificáveis, mas que abriam espaço o suficiente pra que a pirralha que ganhasse um desses de Natal pudesse misturar um pouco os cenários.

De facto, arrisco dizer que, assim como outros brinquedos da época (My Little Pony, Transformers, G.I. Joe, Dino Riders), boa parte da personalidade dos brinquedos vem do desenho animado.

Algumas são bem óbvias, como o personagem usando bermuda e camisa havaiana ser o surfista, ou o maluco obviamente projetado pra ser o Fonzie Legalmente Distinto ser um descolado do bem. Mas você jamais iria imaginar só de olhar que a menina de saia azul é uma broaca de marca maior, ou que a menina de vestido rosa fosse uma comilona de fazer páreo com a Magali.

BROACA!!!

O que é compreensível. Afinal, é um brinquedo pra meninas, elas precisam poder projetar a si mesmas e suas amigas nas bonecas sem muita personalidade, e os bonecos homens tem personalidades melhor definidas pra serem o goofball ou o galã. Ao passo que os brinquedos pra meninos geralmente tem personalidades bem definidas, independente do gênero da figura.

Nunca esqueço que uma vez a Mônica usou um boneco do Doutor Octopus do Cebolinha e o chamou de Dr. Roberto, "um respeitável médico".

Enfim, eu gosto dessa linha de brinquedos, mas só porque eu realmente gosto dessa estética anos 50 em geral. E também porque o set é absurdamente detalhado.

Não, sério, a máquina de pinball funciona!


Deve ser meio clunky, mas funciona e isso que é o importante.

E olha que legal os detalhes das miniaturas:


Provavelmente eu não teria as figuras, porque o tamanho delas parece meio desajeitado pra ter roupinhas de tecido e... Sei lá, alguma coisa na cabeça delas não me parece legal. É escultura parece aquelas figuras de porcelana Precious Moments, tabém conhecidas como "funko pop de boomer".

Pior que procurando por umas imagens dessa coleção... Eu achei umas bonitinhas... E não era nem collab com a Disney.

Meu Deus, eu me sinto velho. Deve ter gente lendo isso que é mais nova que meu blog.

Tentando seguir a rota Hasbro de ter brinquedos e séries animadas pra meninos e meninas, a Tyco produziu Dino-Riders, que teve uma série animada, ao passo que Dixie's Diner ficou relegado a ser um VHS estranho que algumas pessoas tinham e acabaram criando um vínculo nostálgico muito forte.

E nada além disso.


Eu não tenho nenhuma memória desse desenho em terra brasilis. Arrisco dizer que nunca foi sequer dublado, mas o estilo de animação é bem familiar. O estúdio coreano que animou também foi responsável por uma pancada de desenhos da época (além de Dino-Riders), como Tail Spin, Gárgulas, Caça-Fantasmas, Magic Bus, e eu pressuponho trabalho de efeito/clean up/suporte em vários longas da Disney e Fox.

Como todo piloto, o episódio serve mais pra apresentar os personagens e o mundo em que eles vivem. Nada muito complexo ou que te faria sair na rua berrando "É TETRA", mas é bem funcional.

Até porque o plot é mais clichê do que um filme de Sessão da Tarde.

Me pare se você já ouviu isso antes: o restaurantezinho familiar da vizinhança onde a garotada vai pra curtir a noite tá com o aluguel atrasado e vai ser comprado pelo capitalista malvadão de charuto e paletó pra construir uma lanchonete maior e mais cara, e nossos heróis precisam arrecadar grana em tempo recorde pra pagar o aluguel atrasado.

De novo, nada que te faça sair na rua berrando "É TETRA".

O desenho, no entanto, toma uma rota curiosa pra apresentar os personagens, usando esse plot descartável pra colocar os bonequinhos em competições que usam de seus talentos pra ganhar dinheiro como prêmio.

Temos, por exemplo, esse personagem de camisa havaiana, bermuda, e que exibe um topetão digno de Johnny Bravo, mas com entradas de calvície de fazer inveja a Lima Duarte.

Chamarei-o de Tio Joey.

A habilidade especial de Tio Joey é... pinball. E alguém na trupe lembra que a máquina de pinball do restaurante dá um prêmio pra quem chegar a um milhão de pontos, mas o nosso carecabeludo tem um forte episódio de PTSD, porque ele chegou a 999,999 pontos, só pra máquina dar tilt.

Mas ele recebe todo o apôio de sua namorada, a Maria Cascuda, e cheio desse suporte emocional, se aventura mais uma vez, desbravando a máquina de pinball.

Sim eu não lembro o nome dos personagens.

Sim, eu escrevi "apôio" com acento, a revisão gramatical de 2009 não é canon.

Após uma violenta batalha contra a máquina, Tio Joey finalmente alcança os um milhão de pontos, e recebe seu suado prêmio...

...partidas grátis.

...

O que raios eles esperavam? É uma máquina de pinball, pelo amor do Silvio Santos! Nem o arcade do Topa ou não Topa dá dinheiro. 

Eu sei disso, eu tentei.
Não é à toa que o Game Station do North Shopping Jóquei fechou pra dar espaço pra uma academia instagramável.

Malditos influencers de academia! Estragaram meu rolê!

O próximo da lista é uma competição de quem come mais sorvete, uma literal corrida com taças de sorvete enfileirados, e Maria Cascuda, que aqui tem o poder da Magali, vai enfrentar...

...Pipa, a amiga da Tina.

Não se preocupem, é a última referência a Turma da Mônica que farei neste artigo. Ainda me restam Archie Comics, Alice no País das Maravilhas, e Elvis Presley.

Palavras dos próprios personagens, a Cascuda é tão comilona quanto uma porca, mas mesmo assim perde o prêmio pra Pipa, que quase devora Cascuda no processo.

Não, sério, ela basicamente vira a mesa e se transforma no Kirby, é até meio surreal pra um desenho que tenta ser mais slice of life e menos "cartoon logic".


Se bem que o cozinheiro cuja mão é a única parte do corpo que aparece é que tem que salvar a Cascuda, e ele tava a uns bons 10 metros de distrância, então... do que eu sei, né?

A trupe então parte pra outra empreitada, um derby de carros. E só agora eu percebi que não faço idéia do que seria um derby. Além do cigarro, mas não creio que esses personagens que parecem jovens demais tentando vender brinquedos pra crianças fumem.

Oh, sim, tem a ver com demolição de carros. Oh bem, nossos protagonistas também descobrem tarde demais, e acabam quase destruindo seus carangos, e mesmo fugindo da arena, seus oponentes continuam perseguindo-os.

O que eles vão fazer agora? Entrar numa oficina drive thru igual no GTA e pintar o carro?

...

...

...

ERA UMA PIADA! Onde se passa esse desenho? Em Miami, a cidade do vício?

A última chance, a fagulha de esperança do restaurante, é se a menina Alice resolver perdoar o Galã Genérico e os dois entrarem na competição de dança, que inclusive vai acontecer na própria lanchonete.

Eu não sei bem como isso funciona, mas considerando que a premiação da disputa comilona foi uma jarra de moedas, eu imagino que eles cobrem um ingresso pra entrar e ver a competição, e o vencedor leva a jarra.

Esse é um plot que tem se repetido no começo de cada mini-arco do episódio. Cascuda diz "ah é fácil arranjar grana pra salvar a lanchonete, é só tu pedir perdão e se resolver com o Galã Genérico e cês ganham a competição de dança!", aí a menina Alice puxa o Tio Joey e "OW VAI LÁ JOGA PINBALL"

Novamente, alguém (provavelmente Dixie, não lembro) sugere que a menina Alice perdoe seu namorado pra juntos irem pra competição de dança, e ela "MARIA CASCUDA SE EMPANTURRE DE SORVETE!"

E uma terceira vez, mais alguém (de novo, não lembro quem) sugere que menina Alice perdoe Galã Genérico e ela sugere entrar na corrida, sem saber que é uma corrida de demolição de carros.

Nada disso teria acontecido se ela tivesse um pingo de caráter e tentasse se resolver com Galã Genérico, até porque eles brigaram por...

...

...

Eu não faço a menor idéia!

É! O desenho nunca explica o motivo do porque eles brigaram, Alice cochicha pra sua melhor amiga, Maria Cascuda (nunca achei que fosse escrever essa frase, mas cá estamos), e tudo que Cascuda diz é "se eu tivesse um steady como ele, não deixaria algo como orgulho ficar entre nós".

"Steady", pra você que é um palmeirense inculto e iletrado, é um termo usado em relacionamentos na grande nação da América, cuja cultura envolve os dates (encontros) e quando você tem um date regular (steady) é que pode chamar girlfriend-boyfriend.

"Mas Kapan América é o continente" calado, seu papangu republicafederativense!

Ou seja, porcausa de uma guria que não quer parecer mais fraca ou menor ou não quer se rebaixar, quase que eles perdem o diner. Muito bem, menina Alice!

Ela só entra na jogada quando vê que a broaa local, Veronica, joga todos os seus charmes pro Galã Genérico, mesmo ela já tendo um relacionamento com o Fonzie Legalmente Distinto.

...eu imagino. Eles dançam juntos no final e aparecem juntos na capa do VHS. Que Veronica é uma broaca de marca maior, isso é óbvio pelo design dela, então ela ficar pulando de galho em galho em busca da árvore com mais fruto era o mínimo que eu esperava dela, bem como a lei do karma, que funciona aqui.

Antes que eu me esqueça de novo, tem também um personagem cozinheiro que serve de mentor e conselheiro dos jovens, cuja única parte visível são as mãos. É ele quem consola Dixie e também é ele que dá uma moeda pro Tio Joey jogar pinball.

Como episódio isolado de uma série, é bem fraco. Como piloto, é bastante interessante. Dá pra gostar dos personagens... até certo ponto.

Como eles não são tão desenvolvidos, acabam sendo exatamente como são passados: caricaturas de personalidades que não são interessantes dramática nem comicamente. A qualidade da escrita também não é lá essas coisas, mas poucos desenhos de Sábado de Manhã conseguiam ser. Eram propagandas de brinquedos, nenhum deles poderia ser considerado shakesperiano, creio eu.

Exceto, talvez, Transformers. E He-Man.

Que foi? Já pararam pra ouvir os insultos do Esqueleto? Aquilo ali é poesia pura!


Mas o desenho tinha algum potencial. A concorrência na época era um pouco mais braba, com Beverly Hills Teens, que, junto de Jem e as Hologramas, Moxie's World, e o desenho da Punky, talvez tenham queimado qualquer interesse que alguém pudesse ter em mais um desenho pra vender bonequinhas.

Na época, havia uma certa preocupação de algumas entidades com desenhos mais... caham... "dramáticos". Slice of life, plots guiados por desenvolvimento de personagem e não por violência desenfreada e militarizada.
 
Ritch Colbert (presidente da Access Syndication), disse: “a programação infantil atual é dominada por animações neo-militaristas e voltadas para meninos. Onde estão os Tom e Jerrys, os Flintstones, os personagens ricos com os quais as crianças podem se identificar e desenvolver?”
 
Ah sim, Tom e Jerry, a clássica série de curtas animados com um excelente desenvolvimento de personagem com protagonistas mudos cujo único propósito de vida é se matarem das maneiras mais criativas possíveis. Nada violento.

Não estou falando mal de Tom e Jerry, não me entendam mal. Tenho caráter e fui bem criado, mas a própria fala do Colbert aí se perde nisso.

E ainda piora, segundo a Wikpedia: "quando questionado se os adolescentes “ricos e felizes” que residem em Beverly Hills seriam os melhores exemplos para as crianças, Colbert respondeu: 'Bem, eles podem ser mais ricos do que a maioria dos adolescentes, mas enfrentam problemas típicos da adolescência, e o importante é que são personalidades plenamente realizadas'."

É... eu não sei. Tem o elemento de fantasia óbvio, que é ser cartunescamente rico (o que essencialmente seria um multiverso de Riquinho Rico), mas pro que ele propunha... talvez não fosse o ideal.

Eu disse que tinha um Elvis aqui.

Dixie's Diner, no entanto, poderia focar num grupo de adolescentes normais, com problemas normais, e assim dialogar mais diretamente com o público-alvo. Eles adoravam fazer episódios temáticos como combate às drogas, ecologia, ou seja lá o que fosse que tivessem empurrando pras crianças naquela época. Dixie's Diner poderia ainda ter uma mensagem positiva sobre empreendedorismo e o valor do trabalho duro, e cooperação, que é o plot principal do piloto, inclusive.

O roteiro do desenho é tão focado, inclusive, que só usa o mínimo necessário. Tem dois personagens praticamente mudos e que se fossem cortados, não fariam nenhuma falta. Eu mesmo só lembrei deles ao ver os prints que tirei, vejam só.
 
É um nerdzinho e uma nerdzinha, que, a julgar por The New Archies, ninguém dava bola e eram relegados a serem um plot device pra criar WACKY SHENANIGANS.


Embora... talvez eles só fossem os menos descolados do grupo e não cientistas capazes de dar vida a milk-shakes, vai saber.
Também tinha uma bonequinha negra no set que nunca chegou no piloto, mas nada indica que ela não estaria no desenho.

Mas, de novo, talvez nenhuma emissora tivesse interessada, e talvez a própria Tyco tenha encomendado o desenho como uma tentativa de revitalizar a linha de brinquedos. Até onde eu sei, não vendeu tanto quanto seus concorrentes, e o que fez sucesso foi justamente...

...a série violenta militarística fantasiosa sobre dinossauros ciborgues.

...

É, ok, não se pode ter tudo.


A Tyco depois foi comprada pela Mattel, que, até onde eu sei, basicamente matou a maioria das linhas da Tyco (apesar de pegar alguns contratos importantes, como a Disney pós-Pequena Sereia), e o resto é pó.

O que é uma pena, eu gostaria de ver algo envolvendo adolescentes comuns numa lanchonete comum com problemas comuns. Mas também... já temos Archie Comics pra isso. E Happy Days. Além dos exageros únicos como a Maria Cascuda gulosa, eu não consigo ver o diferencial, a gimmick principal, aquela única coisa que tornaria Dixie's Diner digna de uma série animada.

Mas ei, até as meninas da Harvey Comics ganharam uma série animada na Netflix. Talvez esse fosse o caminho pra uma tentativa de reboot, embora 1)a Mattel esteja pouco se lixando pra IP, tendo He-Man em mãos; e 2)o departamento de DEI ia dar um jeito de estragar tudo.

Então, que fique na memória e nas imaginações o que poderia ser de Dixie's Diner. É melhor do que a realidade.

Se tiver interesse, tem o desenho completo no YouTube.

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