Sim, eu sei. Eu prometi resenha do Grilo Feliz pra essa semana, mas minha placa de vídeo resolveu cometer seppuku, e agora os vídeos ficam ruins de assistir, só na placa onboard.
Quando eu tive que fazer um trabalho sobre a história da animação, lá em 2013, um dos filmes que mais me intrigavam era Cassiopéia. Não por ele em si parecer ter uma história interessante, ou por ter bons visuais, mas sim por ser o mote de uma polêmica sobre o primeiro filme totalmente feito em computador.
Eu vou chegar lá mais tarde, mas por ora, eu pretendo apenas analisar o filme como ele é. Não percamos mais tempo e vejamos se Cassiopéia realmente vale a pena.
E hoje vamos dar uma olhada no único live-action de Dr. Seuss que envolve uma narrativa semelhante ao que estamos acostumados.
Uma história de fantasia, sonhos, e que de certa forma mostra muito como Dr. Seuss se sentia (e eu tenho quase certeza de que você também passou ou passa por isso).
Então, siga-me, hoje vamos ver The 5000 Fingers of Dr. T!
Eu sei, eu sei. É o Mês do Dr. Seuss, mas semana que vem ainda é Março, então tá valendo.
E como eu só planejei 4 assuntos sobre Dr. Seuss, não sabendo da quinta semana, eu agradeço à Disney por lançar esse filme esse mês.
Então vamola, que essa resenha não tem spoiler.
Todos nós conhecemos e sabemos o legado que Seuss deixou para as crianças, mas pouco se sabe (ou sabia) sobre um dos poucos livros para adultos que ele escreveu. Conta-se que, quando o Doutor mudou de editora, ele quis primeiro fazer um livro para adultos, e esse é o resultado.
Publicado em 1939, de 10 mil cópias apenas cerca de 2,500 foram vendidas, mesmo a 2 dólares (preço relativamente alto pra época da Grande Depressão), e se tornou, como dizem os jovens, um flop grandioso.
Mas porque exatamente o livro foi um fracasso? Me acompanha.
(E sim, a postagem pode conter imagens de nudez não explícita, não erótica, cartunesca, mas tem gente que não quer ver, e eu entendo. Clica lá na resenha aleatória que provavelmente tu vai ganhar mais.)
Como vocês devem saber, Dr. Seuss teve alguns de seus livros adaptados pra especiais na TV, a maioria pelo estúdio DePatie-Freleng, que vocês devem conhecer pelos desenhos da Pantera Cor-de-Rosa, Super 6, e alguns desenhos dos Looney Tunes.
“Pontoffel Pock, Where Are You?” foi uma das últimas animações produzidas pelo estúdio antes de serem vendidos pra Marvel. Assim como outros especiais, “Pontoffel Pock” é feito exclusivamente pra TV, não tendo sido baseado em livro algum.
E… É… Okay?
Dr. Seuss é um autor e ilustrador de livros infantis, muito conhecido nos EUA, onde 90% da população atual (eu chuto) deve ter aprendido a ler com os livros dele. Quase o Monteiro Lobato de lá.
Eu já o mencionei aqui em outras ocasiões, mas, uma vez que ele nasceu em 2 de Março e Março é considerado o Mês da Leitura por lá, eu decidi fazer mais um mês temático, com 4 resenhas relacionadas a Dr. Seuss.
E que forma melhor de começar do que com o filme que explora um pouco da vida e obra do próprio Doutor, In Search of Dr. Seuss.
No decorrer dos anos, os servidores foram fechando, até que o último servidor foi fechado em 2013. Desde então, a Disney disse que focaria mais em jogos pra celular e outros jogos online, como Club Penguin.
Até que, recentemente, um grupo de fãs disse “OH, HEEEEEELL NO!” e resolveram relançar o jogo por conta própria, usando arquivos do jogo guardados por eles e servidores próprios.
E assim se inicia a história de Toontown Rewritten.
Já pararam pra pensar como adaptação pode ser um negócio complicado?
Não só por tentar entender uma obra e executá-la da melhor maneira possível, mas sim de enfrentar uma fanbase. Sempre irá ter diferenças entre a fonte e o produto, algumas gritantes. Mas como eu venho falando há algum tempo, tem diferenças que não fazem a mínima falta no produto final e ainda assim os fãs insistem em dizer que é de fato um problema. Como, sei lá, a cor do cabelo da Annabeth em Percy Jackson.
Eu só enxergo neles uma aspiração a serem a própria P.L. Travers.
Aí vamos pras animações Disney e todo mundo fica “nossa ainda bem que eles mudaram isso né?”
...ok eu nunca ouvi ninguém dizer isso, mas eu tenho quase certeza de que todos nós pensamos isso ao descobrirmos algumas coisas. (Recomendo a leitura disso aqui)
E hoje lhes apresento A Pequena Sereia da Toei, de 1975.