Tio Walt - Parte 6: No Topo do Mundo

Tio Válter finalmente conseguiu estabelecer o estúdio como queria. Seu próprio estúdio de animação, migrando pra live-action, própria distribuidora de músicas, venda de brinquedos, e logo em breve ele abriria a própria distribuidora de filmes, a Buena Vista.


E o próximo projeto a ser concluído após o fim da Segunda Guerra, foi um que Walt queria fazer há muito tempo.

A essa altura isso já é um pleonasmo, né.




Peter Pan é uma das histórias que Walt mais gostava quando criança. Foi uma das peças que assistiu quando pivete, e chegou a interpretar o personagem-título em uma peça na escola. Obviamente Walt queria que o filme fosse perfeito, porque era uma memória preciosa de sua infância, e a temática era justamente sobre crescer e se esquecer das alegrias da juventude. Que foi o que o fez dispensar novamente David Hall, por suas artes serem muito sombrias.

Depois pesquisem por concept arts dele no Google.


A história narra sobre Alice, que contou sobre o País das Maravilhas pra sua família e a internou no mesmo hospício de Dorothy em Return to Oz. Ozma salva a garota, muda sua identidade, e a manda pra uma nova família, pra assim começar uma nova história, uma nova vida!


"Mas Kapan, O Mundo Fantástico de Oz se passa nos Estados Unidos, não na Inglaterra!"


Hein?


"O Mund-"


Como eu ia dizendo, Alice (agora chamada Wendy) não perde a mania de contar histórias fantasiosas como se fossem reais, e entrete seus irmãos contando sobre um menino que voava e nunca crescia, chamado de Pedro Pão. Seu pai acha ABSOLUTAMENTE ULTRAJANTE, como uma menina de 12 anos se limita a ouvir e contar histórias fantasiosas? O que ela pensa que é, uma criança? UBBLARHABLHABRAHG!

Até que uma noite, Pedro retorna à casa de Wendy pra pegar sua sombra de volta, e acaba levando a menina e seus irmãos pra Terra do Nunca, onde eles vivem as aventuras que sempre quiseram.


A estrutura narrativa do filme é curiosa. Embora ela pareça ter um foco (e de fato tem uma estrutura narrativa em 3 atos), na prática ela acaba divagando demais nos seus ambientes. O que na real é muito bom, pro propósito do filme. A Terra do Nunca é baseada nas fantasias dos moleques, então nada mais natural que deixar que eles aproveitem e se divirtam nesse mundo.

E de fato, é divertido à beça. Raios, piratas, índios, sereias, e um moleque elfo que voa? Fora que tem FADAS!

...eu tenho uma coisa com fadas, desculpem.


E ele te deixa passar tempo com eles, e até explica certas regras do mundo. Por exemplo, eles explicam que a rivalidade entre os índios e os Garotos Perdidos é só um jogo, e que os piratas eram piratas comuns.

O que não explicam é como raios os piratas chegaram lá, mas né. Fantasia juvenil.

PA-DRI-NHOS MÁ-GI-COS!

Novamente, Catarina Bom Monte (sim, eu tou com preguiça de digitar o nome dela) faz um trabalho exepcional com Wendy, dando profundidade e carisma pra personagem. O romance entre ela e o Pedro Pão é um típico romance de criança, e é atuado como tal. Ao contrário daquele filme que teve dublagem da Bernadete do Chocolate com Pimenta, que eu nem posso falar muito porque faz eras que eu não vejo.

Mas até a parte de ciúmes entre os personagens é executada de uma forma realista. Wendy não entende bem esses sentimentos, mas sabe que os tem e quer botar pra fora. Ela adora Peter, e não tem medo de mostrar isso, enquanto Peter só fica confuso, como a maioria dos meninos e nerds com um nível de convívio social resumido a jogar The Sims.

...não que eu seja um desses nerds, claro.

RATINHO-O-O-O-O-O-O-O-O
Os designs dos personagens são bonitos, mas ao mesmo tempo são claramente um produto de seu tempo. O que acaba ajudando a estabelecer o período que a história se passa, que por sua vez reforça certas características do pai de Wendy. Eu adoro o design do chefe índio, é grande, imponente, sério, mas ao mesmo tempo consegue ser divertido. As personagens femininas, em especial Tiger Lily e as sereias são ridiculamente adoráveis, mesmo que tendo pouco tempo de tela.

Mas de fato, quem rouba todas as atenções é o Capitão Gancho.


Poucos vilões são tão ameaçadores e ao mesmo tempo tão engraçados e carismáticos. Ele não é um pirata comum, que anda sujo, bêbado, com a barba cheia de comida, e assistindo filme no Popcorn Time. Ele é refinado, um homem de classe, sutil, mas que sabe a hora em que precisa ser mais bruto e deixa suas emoções aflorarem. Ele, Tic-Toc, e Smee protagonizam algumas das melhores e mais engraçadas cenas de slapstick que eu já vi.

Por algum motivo, há poucas músicas no filme, mas em geral elas servem pra dar o tom necessário que a cena pede. São relativamente memoráveis, o suficiente pra tu ficar cantarolando depois de uma sessão, o que é suficientemente bom pra mim.

Da esquerda pra direita:
Cheryl Blossom, Betty Cooper, e Veronica Lodge.

E sim, esse filme gerou uma certa polêmica racial em torno dos índios, e nas minhas pesquisas eu vi que um dos termos usados é considerado ofensivo, mas assim como Song of the South, ele tem motivos históricos. Os índios foram retratados desse mesmo jeito na peça original, então não dá pra reclamar muito. E o filme não faz necessariamente nada de ruim, os índios não são vilões, são só mais um povo que vive na Terra do Nunca, e que ocasionalmente tem disputas amigáveis com os Meninos Perdidos.

Que, aliás, no livro Peter mata os Meninos que crescem, e em algumas guerras muda pro lado pros índios só por diversão.

Pois é!

"LISTEN HERE, YOU LITTLE SHIT"

Esse não foi o primeiro filme a mostrar uma Sininho (ou Tilim-tim, sei lá a versão que tu viu; só tou botando essa informação aqui senão a Gunther me bate) com formas humanas, mas foi a definitiva. Ela é uma personagenzinha fascinante, talvez por ser tão simples. Aqui, fadas são criaturas extremamente emocionais, e como são pequenas, só conseguem mostrar uma emoção de cada vez. E a forma que animaram ela, fiel a esse conceito mas ainda dando uma profundidade a ela é incrível.

E não, ela não foi desenhada com base na Marylin Monroe, a essa altura ela nem era bem conhecida.


E pela primeira vez, Pedro Pão é interpretado por um homem, na voz e modelos do moleque de Song of the South, porque ele era basicamente o jovem "oficial" do estúdio.


Peter Pan é um filme que se sustenta até hoje, e numa época onde crianças querem ser adultas rápido demais, é um bom filme pra refletir. O pai de Wendy não quer que a guria fique presa muito tempo na infância, quer que ela cresça logo. Mas ao final do filme, ele muda de idéia, e vê um navio no céu, que ele diz não se lembra de ter visto desde que era pirralho, reforçando a idéia de ciclo que o filme abre. Às vezes, adultos esquecem de certas alegrias da infância, e com medo de que as próximas gerações não consigam se levar a sério, querem que logo cedo elas aprendam sobre a seriedade da vida. Embora eu seja totalmente a favor de conversar e mostrar essas coisas a crianças, é necessário ter uma medida.

Criança não é burra, elas entendem das coisas. Mas é preciso que se saiba falar com elas ao nível delas, ao mesmo tempo em que não as trata como idiotas. É difícil, sim. Mas o que temos hoje é uma geração de crianças que querem ser adultas cada vez mais cedo, e isso é muito preocupante, ao menos pra mim. Que memórias elas vão ter quando crescerem? Quando olharem pra trás vão ver que desperdiçaram uma parte importante e ótima da vida, onde se fazia valer o ditado "a ignorância é uma bênção".

Mas às vezes é algo que simplesmente se esquece, como o pai de Wendy. Mas aí já é um fator externo.

São três horas da manhã e eu já tou divagando sobre gerações e nostalgia, que massa.


Mas é o tipo de coisa que Peter Pan te faz pensar. Pensar na época da infância, onde tudo era possível, onde piratas podiam se encontrar com índios, onde meninos podiam voar e sereias e fadas existiam. Essa época mais livre de regras de criação, sem um método criativo, que dá a criança o gosto por imaginar, que é uma ferramenta essencial no mundo adulto. 

Mas mesmo sem essa reflexão, ainda é um filme ridiculamente divertido, com cenas bem ritmadas, excelentes cenas de ação e slapstick, e uma direção de arte fantástica. Não é à toa que Sininho é tida como a "chave" pro mundo mágico de Disney.


Ok, agora eu preciso fazer uma pausa pra explicar um pouco sobre a História do Walt Disney Studios.

Como deu pra notar, mesmo que Válter tivesse um prestígio em Hollywoodland, animação era um negócio caro (especialmente pro padrão que ele tinha), e o estúdio constantemnte precisava de mais mini-retratos de presidentes americanos.

Depois que Válter acordou pros live-actions (que eram relativamente mais baratos de se fazer, fora todo o caso com o dinheiro preso na Zoropa), ele decidiu montar estúdios de gravação pelos EUA mesmo. Jack Webb se ofereceu pra financiar a construção desses galpões, onde ele gravou muito da série Dragnet.

E a partir do final dos anos 50, os estúdios fizeram muitos live actions.

Tipo, MUITOS mesmo.

É sério

Imagine um número grande. Pois é, esse número é a ponta do iceberg. A Walt Disney fez tanto live action que chegou a um ponto dos anos 80 e 90 que eles simplesmente começaram a fazer remakes desses live actions, alguns que até já tinham sequências.

Como podemos ver, a História se repete.



Então, se eu fosse falar de todos os live-actions eu iria passar praticamente minha vida toda dedicada a isso. Assim, eu decidi resenhar aqueles que são mais notáveis, que deixaram uma marca maior, e são mais bem lembrados. Ou que simplesmente são interessantes.

Não se preocupem, eu pretendo mesmo ver e resenhar o maior número possível, mas tudo a seu tempo. Alguns vão entrar na Batalha de Versões (como The Parent Trap e Freaky Friday), outros vão ter suas edições especiais. Não se preocupem, não esqueci de falar sobre os quadrinhos e sobre a Disneyland.


Mas por enquanto, vejamos o primeiro filme da Buena Vista (a recém-criada distribuidora Disneyana), 20 Mil Léguas Submarinas.




Mas antes, uma história curiosa sobre como o diretor foi escolhido.

Antes de dirigir filmes como Conan e Tora! Tora! Tora!, Richard Fleischer era só o filho de Max Fleischer, grande rival de Walt. Eu mencionei eles brevemente na primeira parte da retrospectiva, enfim.

Quando Richard soube que Walter o tinha escolhido pra dirigir um filme seu, ele perguntou "Mano, cê tá locão? Tu não tem noção de quem eu sou?", ao passo que Walt respondeu "Mah, eu sei tudo sobre ti e um pouco mais, tem cuidado não. Eu vi teu histórico da internet, então eu acho que tu deve ser o cara perfeito pra dirigir esse filme, tem um polvo no final e tal". Richard foi perguntar a seu pai se ele podia ir brincar com Walt, e Max disse que podia, desde que ele voltasse a tempo pro jantar e perguntasse a Walt o que raios era "eh-ter-nete".



A história conta sobre rumores de um monstro marinho que despedaça navios. O professor Arronax acaba se envolvendo numa viagem de pesquisa científica em busca do monstro, e junto de seu aprendiz e do caçador Ned Land, eles descobrem que o monstro é um submarino criado pelo Capitão Nemo.

Nemo se cansou da humanidade e faz o que acha certo, se isolando no fundo do mar e agindo como justiceiro de vez em quando. Mas a impetuosidade de Ned e as desconfianças de Arronax podem colocar em risco os segredos de Nemo.


Eu confesso que nunca li o livro integral, só uma versão que vinha naquela revista Gênios. Meu outro contato com a obra foi com um filme pra TV que tinha a Arlequina de Birds of Prey,  o Alfred do Nolan (também conhecido como Scrooge dos Muppets), e o advogado de Encantada.

Eu não faço idéia qual versão foi mais fiel, mas eu diria que essa foi a mais interessante. Ao menos, com uma história mais fácil de seguir e o espírito da obra mais preservado, bem como poder andar sozinho.

Esse é o primeiro filme live-action Disney que se sente que foi feito pra adultos, além de nos lembrar que algo não precisa ser grotesco, sangrento, ou usa palavrões pra ser considerado adulto. É um filme fascinante, por conseguir ter personagens complexos, humanos e tridimensionais, que sim, apelam pra um público mais maduro, mas ao mesmo tempo consegue ser acompanhável por crianças. Ao menos na faixa de 10-12 anos pra cima, e que tenham interesse por steampunk ou ficção científica.



Os outros dois live actions (Ilha do Tesouro e Robin Hood), embora claramente feitos pra um público mais maduro, também apelava muito pra crianças, tendo mais momentos bobos e bregas; o tipo de coisa que normalmente se associa a "Disney" (especialmente nessa época). Em 20 Mil Léguas, até os momentos que poderiam ser bobos (como Ned cantando, ou as cenas com a foca) são tratados com certa seriedade e não muda tanto de tom em relação ao resto do filme. Pelo contrário, é genuinamente um momento de descontração dos personagens, mas que nunca fica exagerado.

Grande parte disso se deve à fotografia e direção aos atores. Kirk Douglas é o personagem mais memorável, de longe. Ele é impetuoso, mas tem boas intenções. Ele tem lábia, mas também sofre as consequências por isso. Ele é aquele marinheiro que é quase um pirata, quando pode se aproveitar de uma situação, ele vai com tudo, mas ao mesmo tempo, ele não violaria a lei.

Capitão Nemo é ameaçador e imponente. Eu adoro a forma como ele fala, ele parece estar sempre certo de tudo que acontece, mas isso se deve pela sua vasta cultura. Cê sabe, quando fala com alguém que quer mostrar que sabe demais, é totalmente diferente de alguém que de fato sabe demais, estudou demais. Nemo é o segundo grupo.
Embora o modo de falar lembre muito o Doug Walker imitando o Tim Curry.


E embora não haja muitas cenas de ação, há uma dose brilhante de detalhes de como o submarino funciona, como eles colhem peixes e algas, bem como o desenvolvimento de personagens. De novo, é um filme muito adulto, e os personagens são identificáveis na medida necessária pra continuar a história e passar a mensagem que ele quer.

Mas as cenas de ação que tem, rapaz...


Quem assistiu esse filme não se esquece da cena com o polvo gigante. Ou é lula, sei lá, eu não sou geógrafo. Esse bicho tem um bico de pássaro, até onde eu sei ele poderia ser um pokémon.

Enfim, a cena é o melhor que se pode fazer na época, com um boneco gigante e a primeira vez que vemos toda a tripulação de fato em risco. A sequência era pra ser de dia, mas não parecia realista o suficiente. Então, Walt sugeriu (outras versões dizem que foi um roteirista) de gravarem a cena à noite, durante uma tempestade. Regravaram a cena, e não só escondeu bem os defeitos do truque em si, como também adicionou dramaticidade que a cena exigia.

Embora seja um filme lento, ele não é maçante como Ilha do Tesouro e Robin Hood. Pelo contrário, sua lentidão tem o propósito de criar a atmosfera do filme, bem como dar espaço pros personagens conversarem e criarem os conflitos. Definitivamente recomendado tanto a fãs do estúdio como a fãs de steampunk e sci-fi.


Paralelamente, Walt tinha planos de fazer uma espécie de parque temático. Em suas viagens pelo mundo, ele visitou parques sujos, mal cuidados, e que não ofereciam uma boa experiência a seus visitantes. Ele também recebia cartas de fãs, que queriam visitar os estúdios de animação, e ele pensou "Ora bolas, eu posso fazer as duas coisas! Roy, me empresta o cartão!".

Seu irmão e tesoureiro Roy deu um tapa em Walt, e segurando-o pelo colarinho, e esbravejou "PELO AMOR DE DEUS, NÃO ME DIZ QUE TU TEVE OUTRA DAQUELAS IDÉIAS! O QUE RAIOS TU VAI QUERER AGORA, UMA ESTÁTUA VIVA?"

Sim, Walt era mais o cara criativo e businessman, mas Roy era o cara que pagava a conta, e Walt vez ou outra tinha umas idéias meio caras e loucas. E essa seria provavelmente a maior delas.

"Tudo isso aqui que eu aponto, é o meu reino."

Walt queria um lugar que fosse um típico passeio familiar de domingo, limpo, com um carrossel, algumas atrações, e claro, seus personagens icônicos. Mas à medida que o projeto foi se expandindo, foi ficando cada vez mais caro. Então ele resolveu criar uma parceria com a emissora ABC, onde a metade de Disneyland seria da Walt Disney, e a outra da emissora. Em troca do financiamento, Walt iria apresentar um programa chamado Disneyland, que exibia curtas novos e pré-existentes, mas também servia pra promover os novos filmes, mostrando cenas de bastidores, bem como exibição de filmes editados pra caber em blocos de uma hora, ou filmes completos divididos em mais episódios.

Walt também fez o The Mickey Mouse Club, mas isso já é outra história.

Nessa época surgiram séries live-action, baseadas em personagens conhecidos como Davy Crockett e Zorro. Essas séries receberam adaptações em filme, que na verdade eram episódios das séries reunidos.

Davy Crockett teve dois filmes nesse esquema, mas por questões de tempo, vamo dar uma olhada só no primeiro.

A música já tá tocando na minha cabeça.

Davy Crockett, The King of the Wild Frontier (Davy Crockett, O Rei das Fronteiras), era uma mini-série de episódios de uma hora exibidos na TV, e esse compilado reúne as partes mais importantes dos três primeiros episódios.

Haveriam mais, mas Walt não sabia que a série ia ser tão popular, já que o último episódio termina na morte de Davy.


O filme basicamente conta as aventuras de Davy Crockett, enquanto ele enfrenta índios, estabelece relações de paz entre índios e o homem branco, se elege senador ou algo assim, pra então culminar na derrota do forte Alamo. Sempre ao lado de seu fiel amigo, que quase morreu quando foi interpretar o Homem de Lata em 39.

E... Bom, nota-se que foram três episódios editados pra um filme. Cada história tem sua própria narrativa, que, embora a edição faça um bom trabalho tentando linkar as histórias, depois de um tempo tu nota que o plot não vai pra lugar nenhum, e pode acabar cansativo.


Eu não tenho muita vivência com western, o contato mais forte que tive foi com Bonanza, que eu tinha alguns DVDs e via no TCM, quando passava. E o clima é bastante semelhante, até pela época próxima. E em algum futuro próximo eu talvez assista os episódios em si, porque rapaz... Esse filme fica cansativo rápido.

Quando Davy foi pro Congresso eu me dei conta de quantas vezes eu simplesmente pausei o filme e fui fazer outra cosa. Claro, eu creio ter DDA em algum nível e não consigo me concentrar em ver um filme no computador, mas é uma situação crítica quando eu começo a ver o filme às 13h51 e termino às 18h31, sendo que o filme tem 1h30 de duração.


Não me entendam mal, são boas histórias. Davy é uma figura histórica, mas a série é claramente romantizada, tentando pegar o aspecto mais de lenda e ser mais divertido que informativo.

E, lenda por lenda, é divertido à beça. As cenas de luta são relativamente empolgantes (a cena final é de fato empolgante e bem narrada), os personagens são gostáveis o suficiente, e o clima de faroeste é agradável, pra quem gosta.

Davy Crockett foi parte da identidade Disney na época, afinal, sendo parte da inspiração pro Frontierland. Então sim, é válido dar uma olhada, especialmente se tu gosta de faroeste. Pra mim, pessoalmente, a edição me faz passar longe.

Talvez eu goste mais do segundo, que é puramente lenda. Mas só num futuro próximo eu resenharei, porque agora, Walt Disney tá no topo do mundo como sempre quis, sem ter que brigar tanto pra ganhar uns trocados, e a Era de Prata Disneyana precisava crescer, e um mega parque temático não iria se pagar sozinho.



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