44º Prêmio Annie Awards
Meu plano inicial era fazer uma live comentando o Annie Awards, assim como do Nintendo Switch, mas infelizmente não vou poder porque dia 4 vai ser puxado demais pra mim, e a premiação vai começar cedo demais, comparado aos outros eventos.
Mas eu não poderia deixar vocês sem saber o que vai acontecer, então resolvi fazer esse post.
Mas eu não poderia deixar vocês sem saber o que vai acontecer, então resolvi fazer esse post.
Pra quem não sabe, o Annie Awards é o prêmio exclusivo pra animação, que inclui melhor longa de animação, melhor episódio, melhor, curta, e por aí vai. E embora seja impossível eu acompanhar tudo que vai ser premiado, eu resolvi aceitar o desafio proposto por mim mesmo, ao menos se tratando de longas metragens.
E pra deixar vocês mais por dentro do que vai ser premiado, eu vou dar uma resenha rápida sobre cada um dos filmes, exceto os que eu já resenhei antes como Procurando Dory e Zootopia. Caso eu já tiver resenhado, seguirá um link pra resenha.
Então, sigam-me os bons!
MELHOR FILME ANIMADO
Procurando Dory – Pixar
Kubo e as Cordas Mágicas – LAIKA
Moana - Disney
Zootopia – Disney
Eu só tinha visto o primeiro, foi excelente. O segundo foi meio meh, mas quando eu vi tava cheio de gente aqui em casa fazendo uma zoada infernal, então eu nem aproveitei como deveria. Mas o terceiro, rapaz, se superou.
A história começa quando um inimigo retorna dos mortos, atrás de pegar o chi de todos os mestres de kung-fu e se vingar de Oogway, destruindo seu palácio.
É palácio que chama né? O nome dá a idéia mais de um rei, mas é um lugar grandão e bonito, mas é usado pra estudar e treinar kung-fu. Sei lá.
Enfim, enquanto o búfalo (ou é gnu, eu tou com preguiça de olhar a wikia) do mal cumpre seu plano, Po reencontra seu pai e a vila dos pandas, e precisa aprimorar seu chi para derrotar o caçador de mestres.
Kung Fu Panda sempre teve uma ótima narrativa. Direta ao ponto, mas ao mesmo tempo desenvolvendo personagens, conflitos e comédia num ritmo satisfatório e balanceado. E aqui não é diferente.
Assim como X-Men 3, aqui é quando você sente que a merda ficou séria, quando os personagens estão em perigo mais real e difícil de se controlar. Mas ao mesmo tempo, se lembra que é um filme de kung-fu, e como tal não perde tempo explicando detalhadamente cada coisa e foca mais na ação.
E essa é um dos grandes trunfos do filme, ele é extremamente energético. As ações dos personagens são fluidas, mas cartunescas. Duras e rápidas, mas acompanháveis. E os animadores ainda conseguem dar vida e personalidade aos personagens, fazendo com que nos importemos com eles.
Talvez um pouco mais de desenvolvimento do vilão seja o que tenha faltado. Não é como se ele não fosse ameaçador, ele é demais. Mas o conceito dele é tão bom, que parece ter sido pouco explorado. Ainda foi satisfatório, sabemos tudo que precisamos saber dele, mas talvez pudesse ter contado um pouco mais das motivações dele de se vingar de Oogway, descontando em seus alunos. Eu não sei se contam isso em algum curta ou livro, mas enfim.
É um filme divertidíssmo, com excelentes cenas de ação, com comédia e drama na dose certa na hora certa. Detalhe especial pra paleta de cores e design de cenários, que são incríveis.
A história começa quando um inimigo retorna dos mortos, atrás de pegar o chi de todos os mestres de kung-fu e se vingar de Oogway, destruindo seu palácio.
É palácio que chama né? O nome dá a idéia mais de um rei, mas é um lugar grandão e bonito, mas é usado pra estudar e treinar kung-fu. Sei lá.
Enfim, enquanto o búfalo (ou é gnu, eu tou com preguiça de olhar a wikia) do mal cumpre seu plano, Po reencontra seu pai e a vila dos pandas, e precisa aprimorar seu chi para derrotar o caçador de mestres.
Kung Fu Panda sempre teve uma ótima narrativa. Direta ao ponto, mas ao mesmo tempo desenvolvendo personagens, conflitos e comédia num ritmo satisfatório e balanceado. E aqui não é diferente.
Assim como X-Men 3, aqui é quando você sente que a merda ficou séria, quando os personagens estão em perigo mais real e difícil de se controlar. Mas ao mesmo tempo, se lembra que é um filme de kung-fu, e como tal não perde tempo explicando detalhadamente cada coisa e foca mais na ação.
E essa é um dos grandes trunfos do filme, ele é extremamente energético. As ações dos personagens são fluidas, mas cartunescas. Duras e rápidas, mas acompanháveis. E os animadores ainda conseguem dar vida e personalidade aos personagens, fazendo com que nos importemos com eles.
Talvez um pouco mais de desenvolvimento do vilão seja o que tenha faltado. Não é como se ele não fosse ameaçador, ele é demais. Mas o conceito dele é tão bom, que parece ter sido pouco explorado. Ainda foi satisfatório, sabemos tudo que precisamos saber dele, mas talvez pudesse ter contado um pouco mais das motivações dele de se vingar de Oogway, descontando em seus alunos. Eu não sei se contam isso em algum curta ou livro, mas enfim.
É um filme divertidíssmo, com excelentes cenas de ação, com comédia e drama na dose certa na hora certa. Detalhe especial pra paleta de cores e design de cenários, que são incríveis.
MELHOR FILME ANIMADO INDEPENDENTE
Longo Caminho Rumo ao Norte
Ambientada na Rússia no tempo dos Tzares (ou Czares, sei lá, eu nunca fui bom de biologia), um marinheiro explorador resolve fazer uma viagem ao Pólo Norte, com um navio feito especificamente pra sobreviver às condições do lugar. Entretanto, o navio acaba sumindo, e sua neta Sasha vai atrás dele, encontrando um grupo de marinheiros que... Simpatizaram com a história dela ou algo assim. Ou talvez fosse a recompensa, eu sei lá.
Sendo um filme francês, é óbvio que seria estranho pra mim, que não tenho costume com esse estilo. Os únicos filmes franceses que eu me lembro perfeitamente bem de ter assistido foram alguns de Asterix, Os Daltons, e RRRrrrr! Na Idade da Pedra. Mas foi uma boa experiência.
A narrativa não é desnecessariamente complicada, é uma neta indo atrás do avô perdido dela como uma forma de resgatar a honra da família, e enfrentando as situações que são colocadas diante dela. É um exemplo de superação e uma personagem interessante.
Embora os outros marujos não sejam particularmente interessantes, ainda assim você lembrará mais deles do que os caras de Rogue One.
E é um filme muito atmosférico. Ambiental. Nenhuma dessas duas palavras funciona bem em português, então deixe-me descrever.
Ele tem vários momentos lentos, onde simplesmente ele deixa o momento acontecer. Momentos quietos, silenciosos, onde muitas vezes é simplesmente um personagem observando a paisagem ou pensando no que fazer em seguida. E funciona muito bem, porque o filme consegue manter um ritmo excelente na narrativa, com momentos rápidos e tensos à medida que os protagonistas chegam em seu destino.
Não é um filme pra todo mundo (raios, talvez nem pra mim, exatamente), mas se tiver um tempo e quiser assistir algo mais diferente do normal, é uma boa pedida. A direção de arte é excelente, a narrativa é ótima, e é no geral um bom filme.
Miss Hokusai
"Longo Caminho" fez um bom trabalho em ter uma narrativa mais lenta, atmosférica, mas ao mesmo tempo em ter cenas mais empolgantes e vibrantes; sem falar nos personagens identificáveis.
Miss Hokusai não tem esse equilíbrio.
Baseado na vida do ilustrador ukiyo-e Hokusai Katsushika, o filme foca em Oei, a filha do cara, que viveu na sombra do pai a vida toda. Ela se esforça pra fazer bons desenhos, mas não consegue chegar no mesmo nível de seu pai.
O filme é basicamente um slice-of life, pouca coisa acontece. O que não é um problema, nesse tipo de filme os personagens normalmente são interessantes o suficiente pra que continuemos assistindo.
Mas os personagens de Miss Hokusai são incrivelmente desinteressantes, ou ao menos a narrativa os deixa assim. Oei tem uma irmã cega a qual trata como filha, e cria cenas bonitas e tocantes; tem um clima sobrenatural rondando os quadros que é interessante, mas nunca explicado, e é um negócio que vem e vai não te deixa intrigado pra saber o motivo: é sobrenatural porque sim.
Pra complicar mais ainda, por umas 3 vezes durante o filme toca-se trilha sonora em estilo rock, que talvez exceto da última vez, não é justificável e só fica mais estranho ainda.
Miss Hokusai é um filme lento, pesado, desinteressante, e eu não faço idéia de como foi indicado pro Annie Awards. Talvez pelas animações em estilo ukiyo-e que vez ou outra aparece, que são de fato bonitas.
Minha Vida de Abobrinha
Eu adoraria falar sobre esse filme, mas ele não existe na internet. Quer dizer, existe, mas tem uma parada de botar número de celular pra baixar joguinho e pegar uma senha pra então descompactar o arquivo.
O que, segundo meu livro, ignora e implica na não-existência. Logo, não consigo fazer uma resenha sobre ele.
A Tartaruga Vermelha
Primeiro filme do Ghibli que não é japonês, ele conta a história de um náufrago que tenta sobreviver numa ilha deserta. Ele encontra uma tartaruga vermelha e... Vida acontece.
Sim, é mais um slice of life, só que ambientado numa ilha. Pense no Náufrago de Tom Hanks, só que sem o Wilson. E mais fantasioso.
É notável que é um filme francês, toda a direção de arte lembra muito aqueles quadrinhos encadernados de luxo de 30 conto que tu vê na Saraiva. É bonito, simples, e funciona. CG é pouco usado e apenas quando necessário, e os dois estilos de animação se mesclam perfeita e naturalmente.
Sendo um filme sem diálogos, a narrativa pode ser arrastada demais. E de fato, é. Muito. Arrastada. Vez ou outra acontece algo interessante, mas no geral, o protagonista consegue nos deixar interessados. Até mais ou menos a metade do filme, onde o ritmo começa a cair e tu olha pro relógio pra saber se tá perto de acabar.
Ainda assim, é muito melhor que O Menino e o Mundo, até em passar uma certa mensagem ambiental, lá pra metade do filme. E nem era a intenção de Red Turtle fazer isso.
Your Name (Kimi no Na wa)
De longe, o melhor dos independentes. A história conta sobre dois personagens que tem sonhos estranhos, e descobrem que estão interligados e passam a se comunicar entre si pra descobrir o que tá acontecendo. Em um certo momento, a garota simplesmente pára de se comunicar com o cara e ele vai atrás dela pra resolver a situação, que pode custar a existência de uma cidade inteira.
Uma das melhores narrativas que eu já vi, o filme nos mantém o interesse com personagens cativantes e um mistério de fato muito bem construído, bem como seu desenrolar. Os personagens envolvidos precisam descobrir o que tá acontecendo, ou ao menos impedir uma catástrofe.
Eu juro como queria poder falar mais, mas eu não quero passar spoiler. Cada descoberta é uma surpresa interessante e que não te deixa confuso, pelo menos não por muito tempo. Se tiver que ver algum filme da lista, veja esse.
Isso é, se conseguir, eu nem sei como raio eu achei esse filme pra assistir, e nem foi numa forma decente. Aparentemente por enquanto só tem uma versão de divulgação ou algo assim.
Ok, terminadas as resenhas, rapidamente pras minhas apostas e torcidas. Pra Melhor Longa Animado, eu creio que algum filme da Disney irá ganhar (até pela matemática, 3 filmes são da Casa do Rato); minha ficha vai pra Zootopia, porque ele é mais político que os outros, Hollywood tá num momento que adora esse tipo de coisa. Fora que ele tem genuinamente um mistério bem construído e desenvolvido, com personagens cativantes. Mas pessoalmente minha torcida vai pra Kubo, porque pelo amor de Deus, esse filme tem que ganhar mais prêmios.
Pra melhor Longa Independente, eu tenho dúvidas entre Red Turtle e Your Name. Your Name é claramente o melhor do grupo, em todos os aspectos (embora a animação de Long Way North seja esplêndida, ela não tem o mesmo brilho do japonês). Red Turtle por se parecer demais com Menino e o Mundo, e eu sei lá o que raio se passa na cabeça dessa galera que adora um filme mudo pretensioso.
Como eu já disse, infelizmente não vou poder fazer uma live do Annie Awards, mas eu estarei assistindo o que for possível, talvez faça um breve resumo do que aconteceu depois.
"Longo Caminho" fez um bom trabalho em ter uma narrativa mais lenta, atmosférica, mas ao mesmo tempo em ter cenas mais empolgantes e vibrantes; sem falar nos personagens identificáveis.
Miss Hokusai não tem esse equilíbrio.
Baseado na vida do ilustrador ukiyo-e Hokusai Katsushika, o filme foca em Oei, a filha do cara, que viveu na sombra do pai a vida toda. Ela se esforça pra fazer bons desenhos, mas não consegue chegar no mesmo nível de seu pai.
O filme é basicamente um slice-of life, pouca coisa acontece. O que não é um problema, nesse tipo de filme os personagens normalmente são interessantes o suficiente pra que continuemos assistindo.
Mas os personagens de Miss Hokusai são incrivelmente desinteressantes, ou ao menos a narrativa os deixa assim. Oei tem uma irmã cega a qual trata como filha, e cria cenas bonitas e tocantes; tem um clima sobrenatural rondando os quadros que é interessante, mas nunca explicado, e é um negócio que vem e vai não te deixa intrigado pra saber o motivo: é sobrenatural porque sim.
Pra complicar mais ainda, por umas 3 vezes durante o filme toca-se trilha sonora em estilo rock, que talvez exceto da última vez, não é justificável e só fica mais estranho ainda.
Miss Hokusai é um filme lento, pesado, desinteressante, e eu não faço idéia de como foi indicado pro Annie Awards. Talvez pelas animações em estilo ukiyo-e que vez ou outra aparece, que são de fato bonitas.
Minha Vida de Abobrinha
Eu adoraria falar sobre esse filme, mas ele não existe na internet. Quer dizer, existe, mas tem uma parada de botar número de celular pra baixar joguinho e pegar uma senha pra então descompactar o arquivo.
O que, segundo meu livro, ignora e implica na não-existência. Logo, não consigo fazer uma resenha sobre ele.
A Tartaruga Vermelha
Primeiro filme do Ghibli que não é japonês, ele conta a história de um náufrago que tenta sobreviver numa ilha deserta. Ele encontra uma tartaruga vermelha e... Vida acontece.
Sim, é mais um slice of life, só que ambientado numa ilha. Pense no Náufrago de Tom Hanks, só que sem o Wilson. E mais fantasioso.
É notável que é um filme francês, toda a direção de arte lembra muito aqueles quadrinhos encadernados de luxo de 30 conto que tu vê na Saraiva. É bonito, simples, e funciona. CG é pouco usado e apenas quando necessário, e os dois estilos de animação se mesclam perfeita e naturalmente.
Sendo um filme sem diálogos, a narrativa pode ser arrastada demais. E de fato, é. Muito. Arrastada. Vez ou outra acontece algo interessante, mas no geral, o protagonista consegue nos deixar interessados. Até mais ou menos a metade do filme, onde o ritmo começa a cair e tu olha pro relógio pra saber se tá perto de acabar.
Ainda assim, é muito melhor que O Menino e o Mundo, até em passar uma certa mensagem ambiental, lá pra metade do filme. E nem era a intenção de Red Turtle fazer isso.
Your Name (Kimi no Na wa)
De longe, o melhor dos independentes. A história conta sobre dois personagens que tem sonhos estranhos, e descobrem que estão interligados e passam a se comunicar entre si pra descobrir o que tá acontecendo. Em um certo momento, a garota simplesmente pára de se comunicar com o cara e ele vai atrás dela pra resolver a situação, que pode custar a existência de uma cidade inteira.
Uma das melhores narrativas que eu já vi, o filme nos mantém o interesse com personagens cativantes e um mistério de fato muito bem construído, bem como seu desenrolar. Os personagens envolvidos precisam descobrir o que tá acontecendo, ou ao menos impedir uma catástrofe.
Eu juro como queria poder falar mais, mas eu não quero passar spoiler. Cada descoberta é uma surpresa interessante e que não te deixa confuso, pelo menos não por muito tempo. Se tiver que ver algum filme da lista, veja esse.
Isso é, se conseguir, eu nem sei como raio eu achei esse filme pra assistir, e nem foi numa forma decente. Aparentemente por enquanto só tem uma versão de divulgação ou algo assim.
Ok, terminadas as resenhas, rapidamente pras minhas apostas e torcidas. Pra Melhor Longa Animado, eu creio que algum filme da Disney irá ganhar (até pela matemática, 3 filmes são da Casa do Rato); minha ficha vai pra Zootopia, porque ele é mais político que os outros, Hollywood tá num momento que adora esse tipo de coisa. Fora que ele tem genuinamente um mistério bem construído e desenvolvido, com personagens cativantes. Mas pessoalmente minha torcida vai pra Kubo, porque pelo amor de Deus, esse filme tem que ganhar mais prêmios.
Pra melhor Longa Independente, eu tenho dúvidas entre Red Turtle e Your Name. Your Name é claramente o melhor do grupo, em todos os aspectos (embora a animação de Long Way North seja esplêndida, ela não tem o mesmo brilho do japonês). Red Turtle por se parecer demais com Menino e o Mundo, e eu sei lá o que raio se passa na cabeça dessa galera que adora um filme mudo pretensioso.
Como eu já disse, infelizmente não vou poder fazer uma live do Annie Awards, mas eu estarei assistindo o que for possível, talvez faça um breve resumo do que aconteceu depois.
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