O Legado de Tio Walt - Parte 1: A Era Sombria


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Após a morte de Walt e Roy O. Disney, o estúdio entrou numa Era tenebrosa. Não que os filmes fossem necessariamente ruins, mas não tiveram o mesmo êxito crítico ou financeiro na época. 
Isso, claro, se tratando primeiramente dos longas animados. Os live-actions continuavam sendo "tentativa e acerto". 

Era um tempo novo, com uma nova direção, e pela primeira vez, os estúdios e empresas estavam nas mãos de gente que não era da família. 

Começava a Era Sombria (ou a Era de Bronze) Disneyana. 




Após o falecimento de Walt e Roy, a companhia ficou nas mãos dos executivos que acompanhavam os irmãos: Donn Tatum, Card Walker, e o genro de Walt, Ronaldo. Os lendários Nove Anciãos começavam a treinar a próxima geração de animadores na CalArts, como Tim Burton, Brad Bird, John Lasseter, Glen Keane e Joe Ranft, que serão bastante citados nos próximos artigos.

Foi nesse tempo também que Don Bluth mandou a Disney que se encaminhasse em direção às fezes e fundou o próprio estúdio, tendo até mais sucesso que a Disney... Em alguns casos. Mas é história pra outro dia. 



Comecemos falando de um filme que marcou a infância de muita gente, incluindo este que vos fala. Não pelo filme, mas por um livro baseado no filme que eu li na segunda série, totalmente por acaso. 

Sendo assim, sigamos com Bedknobs and Broomstick ("Se Minha Cama Voasse", na terra de Caco Antibes) 



A história se passa na Segunda Guerra Mundial, porque se tem algo que me lembra "fantasia familiar Disney" esse algo é Hitler. Acompanhamos Sra. Price, uma bruxa que faz um curso por correspondência no Instituto Universal Brasileiro. Ela anseia pela última lição do curso, que é um feitiço que poderá trazer o fim da Guerra, mas infelizmente o curso é fechado e Price precisa encontrar o reitor, Sr. Brown, pra juntos acharem o último feitiço. 

Ah sim, tem uns moleques irritantes que acompanham ela porque eles fugiram da Guerra em Londres. 


Alguns amam esse filme, talvez por ser incrivelmente parecido com Mary Poppins. Doug Walker definiu esse filme como "Mary Poppins com Espadas", e eu vejo o motivo. O filme tem um clima mais de aventura, o destino de países em jogo, nazistas, e a parte de viajar de um lugar do mundo pro outro... É inegável que há uma criatividade nisso tudo. 


Grande parte do motivo do filme funcionar é Angela Lansbury e David Tomlinson. Os personagens são simpáticos, identificáveis, e os atores conseguem nos convencer que esses personagens são reais, tamanho esforço é colocado por eles. Price é uma senhora que é incrivelmente doce, mas também sabe brigar quando precisa. Brown é um típico mágico de rua fajuto, mas não deixa de ser um cara de bom coração e com seus problemas pessoais. 

As crianças, como eu falei, são incrivelmente irritantes. Não em termos de roteiro, mas de atuação. Sim, eu sei, são só crianças, mas exceto a guria, os dois moleques tem uma atuação tão crível quanto aquelas propagandas eleitorais de candidatos com mais de 40 anos lendo um teleprompter com a empolgação e desenvoltura de um aluno de quarta série. 


O moleque mais novo eu nem digo tanto, ele provavelmente tava se divertindo e não tinha nenhuma habilidade de atuação. O mais velho tem um sotaque tão irritante que acaba distraindo da atuação principal, que também não é lá essas coisas. 


Outro problema do filme é a narrativa, que por algum motivo, me pareceu cansada. Eu não sei explicar bem o motivo, mas ela simplesmente não conseguiu me dar a sensação de diversão que eu tenho com, por exemplo, Mary Poppins. Provavelmente por ser uma narrativa sem foco: nós conehcemos Price, descobrimos que ela é uma bruxa, ela leva os guris pra conhecer Sr. Brown, eles vão atrás de um livro, daí vão pra outra cidade atrás do livro e... É... Não é uma coisa muito consistente, e eu me perguntava constantemente quando o filme ia acabar. É um filme longo e tu sente todas as duas horas (um pouco mais se tu ver a versão extendida). 


Mesmo as músicas, que são até bonitinhas (a música do mar inclusive foi mais uma música deletada de Mary Poppins), acabam não sendo tão memoráveis quanto deveriam. Ao menos pra mim. 


Da primeira vez que eu vi esse filme, eu achei divertidinho. Agora... Eu vejo mais as falhas. Mas elas vem mais de ritmo e de uma falta de foco que poderia ter sido melhor trabalhada. Mas é um filme com imagens divertidas, conceitos interessantes, e que vale a pena ser visto. Só é meio... morno pra mim. Como deu pra notar, eu não sinto nenhuma empolgação pra falar desse filme.


Mas se tem alguma coisa que faz valer a pena ver esse filme (além de Angela Lansburry e David Tomlinson) são os efeitos visuais. Não só a mistura de animação e live action, que já havia sendo feita, mas o feitiço de dar vida aos objetos


Esse é o ponto alto do filme pra mim, quando Price "ressuscita" armaduras históricas e bota eles pra lutar contra nazistas. Sério, dá uma lida na frase anterior em voz alta e vê como é um conceito daora.
...
...
NÉ? Eu falei!

Claro, envolve nazistas, a sensibilidade de alguém vai ser afetada, mas... é História, é um filme de fantasia que se passa num momento real. E é tudo muito bobo, não tem violência, não tem sangue, é quase um desenho animado de tão slapstick que é.
Claro, não tão elaborado ou bem executado como o slapstick da parte animada mesmo, mas cês entenderam.
E a música gruda na cabeça que é uma beleza.

Não é um filme que eu ame, mas eu amo revisitar sempre que possível. É legal ver o que eles tentaram fazer em termos de efeitos, de história, e é legal ver David Tomlinson como um herói ao invés de um vilão ou um herói perdido, como em Mary Poppins.

Não sei como terminar essa parte,
então toma uma screenshot fora de contexto.

Enquanto ainda era vivo, Walt queria fazer um filme sobre Reynard, a raposa. Mas Reynard ainda era muito anti-herói pros padrões do estúdio. E assim, Walt foi pra outros projetos de contos de fada e livros, como Pinóquio, Bambi, etc. Ele tentou novamente fazer algo relacionado à raposa em Ilha do Tesouro, onde João Longo contaria a Jim fábulas morais envolvendo o personagem, mas decidiu-se que seria o primeiro live-action completo do estúdio, sem animação. 

E eu pessoalmente acho que seria repetição de Song of the South, outro motivo pra não fazer. 




Mais tarde, o estúdio resolveu fazer de Reynard um vilão na história de Chanticleer, mas como já vimos antes, ou o Walt cancelava um dos projetos ou não daria pra injetar grana nos parques. 

Mas anos depois, o projeto ressuscitava! 

Só que não! 

Ao invés de usarem a história de Reynard, decidiram transformar Robin Hood em uma raposa! 


VIVA O PODER FURRY! 



A história é basicamente o Robin Hood que conhecemos, com a diferença que todos são animais. O que é interessante, acaba dando ares de fábulas européias, e casa bem com o clima do filme. 

Robin é a esperta raposa, o Xerife de Nottingham é um lobo, o Príncipe João é acompanhado por uma cobra, e João Pequeno é o Baloo e assim por diante. 


Embora seja uma versão INCRIVELMENTE resumida das histórias de Robin Hood, ainda é um filme competente ao contar uma narrativa em três atos, mostrando as partes mais icônicas das histórias. 

Ou talvez elas tenham se tornado mais icônicas depois desse filme, vai saber. Mas vemos Robin enganando o Príncipe se disfarçando de cigana, vemos o torneio de arco-e-flecha, Robin se apaixonando por Marian... Não vemos Will Escarlate porque não ia dar tempo, mas...
...ok eu li um livro de Robin Hood na quinta série e jogava MUITO A Lenda de Sherwood quando moleque, são as únicas formas que eu conheço a história.


O filme usa o mesmo processo de xerox que já vinha sido utilizado desde 101 Dálmatas, mas a técnica foi bastante refinada. Há menos traços rabiscados, e o estilo visual meio sujo parece mais um estilo do que uma falha do processo. Ou então em alguma remasterização arrumaram os defeitos, sei lá.  Mas é um estilo bacana, poder ver um pouco dos rabiscos do desenho, dá um ar mais natural quando bem usado. Se mal usado faz parecer que foi preguiça ou falta de grana mesmo, tipo a animação de Green Eggs With Ham.

E sim, esse é um dos filmes infames por reutilizar MUITA animação de outros filmes. Nem é ruim nem nada, mas não dava pra deixar isso passar.

Mas é inegável que os backgrounds continuam lindos. Eu poderia me perder na floresta, no castelo, no vilarejo, tudo tem um ar amigável, mas ao mesmo tempo sombrio quando se precisa. E evoca muito o ar daqueles livros ilustrados europeus que eu sempre associo ao Peter Rabbit.
O original, não o filme.
...não, não o desenho que passava no Gloob, os livros que deram origem ao desenho de 92 e aos jogos de PC que vinha na CD Expert Kids.

Ao menos eu acho que era esse, quando moleque eu jogava O Jardim da Matemática de Peter Rabbit. Mas eu divago, olha como o estilo é bem europeu, mas é mais moderno do que o que foi retratado em outros filmes do estúdio ambientados na europa:


E por falar em sombrio, o filme teria um final alternativo onde mostraria um Príncipe João mais sanguinário e um Robin menos heróico. 

Honestamente, esse final poderia matar o filme. É um filme colorido, com um ótimo ritmo, e execução divertida. As cenas de astúcia de Robin são cômicas de ver; as cenas de ação são bobas, mas em alguns momentos legitimamente empolgantes; os personagens tem motivações claras e identificáveis, e há um desenvolvimento dos personagens.

E há pontos da narrativa que são comuns a outras histórias de Robin Hood. Ao menos... comparado ao outro único filme de Robin Hood que eu vi, que foi o live action Disney. Uma coisa excelente daquele filme era ter um bardo narrando as histórias, que combina com as raízes da lenda, que eram passadas de boca a boca entre a população e entre poesias e música. E aqui temos um galo fazendo esse papel, que provavelmente é resquício de Chanticleer.


Não é nada espetacular, mas consegue divertir crianças e adultos na mesma medida. Mas... Não tem AQUELE brilho Disneyano. O estúdio ainda parecia meio desconfortável com toda a situação, ao mesmo tempo que tentava entrar nos trilhos de novo. O resultado final é bom, mas... Poderia ter sido melhor, em outras circunstâncias.

E é bom saber que o jacaré de Fantasia
conseguiu emprego. Vai, jacaré!

E sendo assim, vamos ao último filme que teve qualquer envolvimento com Walt, As Aventuras do Ursinho Pooh. 


Originalmente foram feitos três curtas, com o primeiro sendo lançado ainda na vida de Walt e o segundo sendo só idealizado por ele. A idéia original era fazer um filme, mas que acabou não se concretizando e o que restou foi fazer um filme pacote à moda antiga. Só que dessa vez, há um motivo de ter histórias desconexas.


O filme em si não tem um plot, é um conjunto de três histórias bobinhas de Pooh e seus amigos no Bosque dos Cem Acres. E o que faz o filme funcionar é a simplicidade. São histórias curtas e bobinhas, mas ao mesmo tempo são interessantes graças aos seus personagens. Eles são tão identificáveis, tão simpáticos, e os diálogos são tão bem escritos e fluem naturalmente de uma forma que é difícil não se prender a isso. 


Eu tento decifrar a fórmula mágica, mas eu não consigo. Não sei o que torna os personagens tão gostáveis ou interessantes. Pooh é um urso comilão e preguiçoso, mas inocente e prestativo; Leitão é o amigo leal, mas medroso; Tigrão é o felino hiperativo que fica inventando palavras; Ió é o burro depressivo, e por aí vai. 

Todos são tecnicamente bichinhos de pelúcia do guri Christopher Robin, que sempre é chamado quando os animais precisam de alguma ajuda. Como tirar mel da árvore ou desentupir Pooh da toca do Coelho. 

Talvez o motivo de haver tanta identificação seja algo parecido a Toy Story: é uma criança com imaginação brincando com seus brinquedos. Eu mesmo lembro de alguns cenários de brincadeira quando pivete onde eu interagia com meus bonecos e ajudava eles a solucionar problemas diplomáticos interdimensionais. 

...eu era uma criança com probleinhas, sim. 


Da mesma forma, Christopher tem uma relação parecida com seus bichinhos, e eles tem personalidades cativantes e inocentes, o que é uma lufada de ar fresco, na real. Nem toda história precisa ter motivações fortes, às vezes tudo que precisa é de algo mais simples e bobo, pra relaxar e se divertir sem compromisso. E o filme consegue fazer isso, e ainda entrega uma animação fenomenal, mostrando uma técnica de xerox bem mais refinada, com cenários pintados a tinta que lembram os de ilustrações de livros. 

Não só os de Pooh, mas o conceito em si. Assim como Robin Hood, lembra muito o estilo de Roger Rabbit, que se encaixa bem aqui.



E uma das melhores coisas são as quebras de quarta parede. Não são fantásticas, mas são muito divertidas e te pegam de surpresa quando os personagens interagem com o narrador, ou mesmo quando um dos personagens assume que nem tá no livro e fica por isso mesmo. 


É um filme bem difícil de recomendar, mas é uma pérola. É quase um filme do Miyazaki: pouco ou nenhum plot, mas muito carisma e personagens cativantes. É um daqueles filmes que tu precisa desligar um pouco o cérebro, e que apela pro lado mais emocional e bobalhão nosso, da forma certa. E no final até fica um tanto quanto melancólico, com Robin tendo que voltar pro "mundo real" e perguntando se Pooh estará sempre com ele. É um gancho que pode ser até bem usado no filme que tão fazendo sobre a vida adulta de Robin.

Seja como for, tire um dia pra ver esse filme, eu tenho certeza que vai te fazer bem de alguma forma.




E pra encerrar essa parte, o filme que me fez perceber o quão baixo a Era Sombria poderia chegar. 

Não que ele seja ruim, foi um filme até popular, ganhou uma sequência e um pitch de série animada (que se tornaria Tico e Teco e os Defensores da Lei). Mas eu estaria mentindo se dissesse que o filme não tem falhas flagrantes.
Flagrantes falhas.
...issae.

O raso, monótono, previsível e até certo ponto, dispensável, The Rescuers (também conhecido como "Aquele Filme Da Disney Que Aparece Uma Mulher Nua Na Janela", e o título alternativo Bernardo e Bianca). 


O filme narra sobre uma sociedade de ratos que se reúne na sede da ONU. Como se isso não fosse piada o suficiente, o bando de ratos de fato faz algo de útil, ao se organizarem na ajuda e resgate de pessoas em perigo ao redor do mundo. Mas eles não ficam papeando dentro de seu prédio, enquanto jogam truco com ditadores. Não senhor, os ratos de fato saem na luta e vão atrás de salvar quem precisa. Já é melhor que a ONU real, isso eu te digo. 


Eles recebem o chamado de socorro de uma garotinha órfã chamada Penny, que é mantida refém de Medusa, que usa a garota pra procurar um diamante em uma caverna apertada, que só uma criança poderia achar. 
Bianca se prontifica pra missão, e leva o zelador Bernardo por motivos que agora me fogem à cabeça. Sei lá ela se apaixonou por ele? Nunca ficou bem claro isso. 


O filme foi um marco na animação Disneyana, por ter tanto nomes conhecidos da casa, como alguns dos Nove Anciãos, como Milt Kahl, Ollie Johnson e Frank Thomas; como também sangue novo como Don Bluth, Glen Keane e Ron Clements, que vão aparecer muito nos próximos artigos. 

Foi também um dos primeiros sucessos do estúdio sem a participação de Walt, que teve influência apenas nos estágios iniciais do filme. Feito que não aconteceria de novo até que o estúdio estivesse em desespero, e com a corda no pescoço lançasse A Pequena Sereia. 

O que me leva a pensar novamente que... Rapaz. como esse filme envelheceu mal. 


Digo, foi um sucesso na época, a ponto de bater filmes como Star Wars, e como eu já falei, foi o primeiro filme Disney a ter uma sequência, e até proposta de série animada. 

Mas... É um filme tããããão maçante. 


É tudo muito previsível. Os personagens não são simpáticos os suficiente, os vilões são tão rasos que fazem com que Malévola se pareça com o Coringa, Penny é basicamente a Mara Wilson em Milagre na Rua 34 (mas menos criança prodígio, o que não quer dizer que ela possa ser menos irritante ou esquecível), e embora a animação seja boa, não é atraente ou interessante o suficiente pra que prenda a atenção. 


Os backgrounds são muito lindos, de fato. Um dos melhores cenários é o barco no pântano onde Penny fica presa, mas ainda assim... É um pântano. Não tem nada de muito interessante aqui. 

Medusa e seu lacaio são bem animados. De fato, Milt Kahl inspirou a personagem na sua ex-esposa, e acabou fazendo quase toda a animação dela sozinho porque ninguém conseguia chegar perto de seu trabalho. 
Mas o próprio roteiro não se esforça em nos apresentar a personagem, ou nos fazer entender ela. Ela é só uma velha louca que quer um diamante e ficar rica. Até a Cruella teve mais desenvolvimento que isso. 

Aliás, o papel de vilã iria pra Cruella, mas o estúdio não queria fazer outro filme no mesmo universo de 101 Dálmatas. Na real, eu nem faço idéia de como isso seria plausível, mas divago. 


O filme toma inspiração em dois dos 9 livros sobre Bianca, e na época obviamente que fez alavancar as vendas, não só dos dois, mas de todos os 9 livros. 

E sobre a cena com a mulher nua: há várias histórias e teorias sobre o que tenha acontecido. Uma é que foi uma brincadeira de um animador que estava prestes a ser demitido (Bluth?), outras versões dizem que foi alguém na pós-produção. O que se sabe é que desde a exibição original a foto tá lá, mas só era possível ver com a magia do rewind, e por isso que quando o filme foi lançado em 99 em VHS, a Disney fez um recall das fitas. 

Aparentemente, as edições caseiras em VHS e Laserdisc de 92 foram feitos com outros rolos de filme, sem a foto escondida. 


E como última curiosidade, Don Bluth e Gary Goldman se incomodavam em notar que algumas das pupilas dos persoangens não tinham o branco dos olhos. Seus superiores diziam que era caro demais, mas quando Don e Gary testaram, descobriram que não era tão caro assim e foram questionar novamente seus superiores. 
Eles foram mandados fazer o que lhes era mandado. Bluth e Goldman mandaram tudo à merda e foram fazer seus próprios longas animados. 

Ironicamente, The Resucers manteve o recorde de maior abertura de bilheteria pra uma animação, até An American Tail de 96, um filme com ratos de Don Bluth. 



Agora, cês notaram como eu basicamente só falei trivia aqui né? 

...é porque realmente... É um filme meio meh. Foi bem recebido pela crítica, dito até ser uma lufada de ar fresco praqueles que se preocupavam com o futuro do estúdio. E eu consigo entender, ele tem alguns lances criativos, como a forma que os ratos usam coisas do nosso mundo pra fazer coisas próprias (um trope que vira e mexe caminha uma linha tênue entre o óbvio irritante e o criativo engraçadinho), e até sendo um filme mais dramático ao invés das comédias que o estúdio vinha trazendo desde... Aristogatas? Jungle Book? 


Mas eu não consigo. Eu só consigo achar um filme incrivelmente esquecível, monótono e previsível. 

Tão esquecível que eu até vi quando pirralho, mas eu não lembrava de absolutamente NADA do filme, por mais que me esforçasse. 

Pois é. 


Agora, uma das citações mais interessantes que eu encontrei, é que na época o filme era visto como um sinal pra uma nova Era De Ouro na Disney. 
...haha... 
...é. 

Nos vemos no próximo artigo, onde veremos cada vez mais live-actions porque, como podemos ver... O departamento de animação tava começando a cair muito.

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***
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