Eu não sou necessariamente um grande fã de luta livre. Na real, basicamente tudo que eu sei sobre o esporte veio do Blog do Amer ou de informação que um amigo meu me passa vez ou outra.
Paulo, se tiver lendo isso, é com você.
E eu sei que recentemente a WWE começou a entrar no mercado de filmes, com os mais notáveis geralmente envolvendo animações, como crossovers com propriedades da Warner/Hanna-Barbera e a sequência de Tá Dando Onda.
Mas se você olhar no seu calendário É NATAAAAAAAAAAAAALYA
Ou não, cê pode tar lendo isso em Julho. O que tecnicamente ainda seria NATHAAAAAAAAAAAL porcausa do especial da Rankin/Bass. Ou porcausa da Austrália. Ou porcausa do filme de 1940 mas eu nunca vi e-ENFIM divago.
E como estamos no Natal, veremos um filme natalino da WWE.
Porque se tem uma coisa que eu associo ao nascimento de Jesus, são indivíduos de 2 metros de puro músculo quebrando a coluna e vesícula um do outro enquanto Donald Trump raspa o cabelo do cara que dublou uma lontra que sonha em ordenhar um peixe pela bunda.
Então, vejamos como The Miz e Paige se saem em Santa's Little Helper!
A história começa quando um executivo babaca chamado Dax acaba de sair de seu último negócio: a demolição de uma casa de cultura pra jovens que não pôde pagar as dívidas. No mesmo dia, ele é despedido de seu emprego e perde a namorada, o carro e está prestes a perder a casa.
Até que aparece a Karina Bacchi, oferecendo um teste pra um empregador anônimo que poderia resolver todos os problemas de Dax.
Obviamente Karina trabalha pro Papai Noel, que precisa de um novo braço direito (que é um cargo com a sigla HOHOHO) e Dax é perfeito pra isso. Mas Dax não faz idéia de quem seja o empregador e nem sabe que Paige está lá pra tentar tomar a posição que ela acredita ser dela por nenhum motivo exceto que o pai dela era o antigo HOHOHO.
E porque ela é a Paige.
O plot do filme é incrivelmente previsível, mas a narrativa ao menos tenta ser interessante. Desde o começo sabemos que Dax tem uma relação com o equivalente americano ao Cuca, mas não sabemos ao certo qual. A gente vê que tem um desenho de foguete com o nome dele no banco do centro, mas é isso. Lá pro final o filme dá uma de A Felicidade Não se Compra e a gente descobre melhor o motivo.
A tranformação de Dax em um cara incrivelmente babaca e cheio de si pra um cara amigável e generoso também é bem contada. Isso se deve muito ao carisma do próprio ator, que consegue fazer as duas facetas do personagem, ao mesmo tempo que mantém a personalidade dele.
Por exemplo, mesmo Dax no final sendo mais gentil e tendo ajudado a salvar o centro no final (não é spoiler se você sabe como termina, reclame com o Bartolomeu), ele ainda tem um resquício do que ele era no começo do filme, mas não o suficiente que seja problemático.
Por exemplo, mesmo Dax no final sendo mais gentil e tendo ajudado a salvar o centro no final (não é spoiler se você sabe como termina, reclame com o Bartolomeu), ele ainda tem um resquício do que ele era no começo do filme, mas não o suficiente que seja problemático.
E... No geral... É um filme beeem mediano.
Daqueles que não são muito memoráveis, exceto por uma coisa ou outra.
E pela Paige.
A atuação não é a melhor do mundo, ela é simplesmente eficaz. Karina Bacchi faz bem seu papel da guria que só tem que treinar o maluco pra ele ser o segundo no comando, e Dax é o cara que não sabe nada de Karina mas fica tentando adivinhar enquanto faz todos os testes porque é o que tem pra hoje e o cara tá desesperado.
Noel é o típico Noel simpático, senhora Noel consegue ter umas falas engraçadas, e tem o elfo técnico que vez ou outra faz alguma burrada meio sem lógica, tipo vestir as roupas do Noel enquanto o velho dorme, ou ir pro mundo humano pra se vestir como Dax.
Não, nunca é explicado, bem como o subplot de Karina ser a única elfa de orelhas redondas. Tem uma idéia pra um subplot mas nunca é bem explorada.
Ao menos no momento que Karina revela sua missão a Dax eles não perdem tempo desenvolvendo quiproquós desnecessários que alongam o filme, ela só "BUM MÁGICA DE NATAL"
...o que ainda é estranho porque no mínimo duas vezes nesse filme alguém usa mágica de Natal (uma delas EM PÚBLICO) e ninguém questiona como ou porque aquilo aconteceu.
O desfecho inclusive sofre disso, não tem uma conclusão conclusiva, é tudo meio que deixado no ar. Te deixa com uma sensação meio vazia, como quanto tu janta mas ainda é capaz de comer um pacote inteiro de cookies da Bauduco.
Ou é Bauducco? Sei lá, eu tou com preguiça de olhar.
Also, eu não sei porque, mas o sotaque da Paige é meio irritante pra mim. Sei lá se é porque me soa forçado, mas ao menos a atuação dela não é ruim. Ela é a típica bad girl que vez ou outra pode ser engraçada.
Ela é fofinha, mas é má e se diverte sendo má, é um clichê mas eu gosto e combina com ela.
Ela é fofinha, mas é má e se diverte sendo má, é um clichê mas eu gosto e combina com ela.
...ok, por algum motivo eu quero MUITO ver a Paige como Veronica Lodge e Alexa Bliss como Betty Cooper em um sketch. ALGUÉM FAÇA ACONTECER.
Enfim, é o típico filme de Natal tapa-buraco. Se tu não tem nada melhor pra fazer, ou vai maratonar filmes ruins de Natal pra zoar com teus amigos, esse é um que valeria a pena colocar. Tem elementos ruins risíveis, mas também tem uma fotografia agradável, um plot que tem uma ou outra surpresa, e uma genuína aura simpática que o filme e os atores tentam passar que... É um tanto quanto refrescante, eu acho.
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