Os Filmes de Dragon Nest


Eu já não jogo MMOs há MUITO tempo. Ao menos da maneira como deve ser. Vejam bem, eu sempre preferi ser um jogador solitário, aproveitando a experiência de uma jornada sozinho, com pouca interação com outros jogadores. Quando eu era moleque eu jogava muito Lineage 2, Ragnarok, e passadas rápidas por Trickster Online e Maple Story.

Claro, na época eu não tinha tanto acesso graças à internet discada, cuja lentidão nos fazia pensar se a operadora pertencia aos Correios. Situação essa que muitos jovens hoje sequer conseguiriam imaginar vivendo, mas sempre podia contar com a lan house que eu frequentava com meus primos caso precisássemos de computadores mais potentes e uma internet que de fato funcionasse.

Claro, jovens de hoje também não conseguem se imaginar indo em lan houses, também.


Enfim, mesmo com jogos online recentes eu sempre preferi uma experiência fast-food online ou solitária. Fast-food é aquele jogo rápido, tomadas de decisão constantes, um objetivo a ser alcançado e talvez ajuda de seus companheiros de equipe ou constantes agressões verbais comuns a todo tipo de jogo (digital ou não) e que os "jornalistas nerds" adoram apontar como o exemplo supremo do nerd médio machista misógino matador de filhotinhos e adorador de Hitler. Exemplos que me vem à mente são Paladins, Team Fortress 2 e Grand Chase.

Mas justamente pela minha falta de saco de socializar ou de não ter ninguém em meu círculo abilolado o suficiente pra desbravar os mares em Legends of Pirates of the Caribbean Online ou executar piadas slapstick dos anos 40 em robôs engravatados em Toontown Rewritten, eu prefiro jogar sozinho. Enquanto não aparecer um equivalente pirata de GTA, vou continuar me apegando ao mundo aberto que Legends me proporciona.


E antes que eu comece a divagar ainda mais sobre como Legends of Pirates of the Caribbean é basicamente uma versão melhorada de Age of Pirates e como eu sou apaixonado pelo MMO onde podemos interagir com Jack Sparrow e a Tia Dalma, vamos pro assunto de hoje que são filmes baseados em MMOs.


Sim, porque jogos online podem ter uma história complexa, por mais estranho que o conceito pareça. Digo, uma história-base só pra te colocar no mundo do jogo e servir de motivação pras quests parece ser suficiente, tu não precisa ler um livro de 500 páginas pra compreender as nuances de um jogo projetado pra nerds conviverem num ambiente virtual de fantasia enquanto procastinam a faxina da casa.

Histórias em jogos online podem existir e serem até bem recheadas, como Ragnarok, que é baseado numa série em quadrinhos; ou Star Trek que é baseado em... Star Trek. Grand Chase também tinha uma história interessante, mas porque ele funcionava muitíssimo bem como jogo single-player também. De fato, eu até tinha idéias pra tentar reavivar a franquia perto da morte do jogo, mas isso é história pra outro dia.

Enfim, alguém na Coréia achou uma boa idéia fazer filmes sobre o MMO Dragon Nest.


Dragon Nest: Warrior's Dawn (2014)


Até onde eu entendi, o filme se passa 50 anos antes da história do jogo online, o que nos remonta a uma época de heróis e monstros e lendas e óculos-canudo do Chaves e etc. Nós somos apresentados a um mundo onde humanos e elfos brigam por território, mas são forçados a unirem forças pra banir dragões, monstros, e grêmios estudantis pro Vale do Abismo ou algo assim, eu não lembro direito.

Mas os dragões começam a escapar e elfos e humanos se vêem forçados a reatar sua aliança, e organizam um grupo constituído de arquétipos de Final Fantasy pra conter as bestas. Mas nós temos um protagonista, cujo nome eu não me lembro e até onde eu me recordo só é mencionado lá pro final de uma forma totalmente aleatória, já que até então era chamado de "peixe".

"EU SOU UMA ORCAAAAAA"
...sei lá, eu não manjo de futebol o suficiente pra fazer uma piada.

Então, Peixe é um humano que acaba se envolvendo numa briga com goblins e é resgatado por um navio voador capitaneado pelo Ryan Evans, sua irmã feiticeira cosplayer streamer de Twitch e um tanque. Não literalmente um tanque, mas um personagem que se encaixa na classe de tanque, aguenta muito dano pra distrair inimigos etc.

E sim o dublador do (eu acho que é) príncipe é o Lucas Grabeel. Não que isso vá importar muito, já que nenhum personagem aqui tem uma personalidade estabelecida.


Cada membro da equipe é literalmente um papel em branco de um típico RPG oriental, só que em um jogo real eles tem personalidades mais definidas. Temos as duas elfas que parecem a Lire de Grand Chase, um sacer humano, uma feiticeira, um tanque, um cavaleiro, os já mencionados irmãos-maravilha, e um maluco que tu bate o olho e sabe que ele vai ser o vilão-surpresa.
Não, sério, ele faz o Michael Keaton no remake de Dumbo parecer sutil.


Nenhum deles tem diálogos exatamente interessantes, apenas o suficiente pra avançar a história. De fato, se me dissessem que esse filme começou com uma coletânea de cutscenes de algum jogo incrivelmente obscuro de Sega Saturn e animaram cenas de ação pra substituir os momentos onde o jogador tem o controle, eu acreditaria. A história é o mínimo do mínimo pra que alguma coisa aconteça. Humanos e elfos traçam uma estratégia pra impedir o avanço dos monstros, a equipe vai até o lugar e passar por desafios no trajeto, enquanto um exército fica à espera deles pra atacar ou algo assim.

Nenhum dos personagns tem um crescimento especial, o romance entre Peixe e a Lire não é exatamente forçado porque vimos que eles interagiram antes, mas... acaba sendo forçado de qualquer jeito...
São personagens muito "espaço em branco", desinteressantes e previsíveis. E no final do dia eu não consigo sentir nada pelos personagens, ou torcer por eles, já que a história é soberbamente medíocre.

Por outro lado, eu ainda recomendo pelo simples fato do filme ser divertido de ver.


Assim como nos anos 80 tivemos filmes de fantasia épicos sobre jornadas (como Willow, Labirinto, Legend), esse é um desses filmes, só que feito com mais tecnologia e pra um público diferente. Enquanto no roteiro sua semelhança com videogames é prejudicial, o mesmo fator acaba sendo seu maior trunfo nas cenas de ação.

São cenas longas, agitadas, extremamente bem-coreografadas, divertidas de assistir e surpreendentemente satisfatórias. O design de personagens é um pouco além do genérico, mas o suficiente pra que seja um eye-candy competente, e o mesmo vale pros montros. São inimigos repetitivos da mesma forma que são em RPGs ou em jogos eletrônicos no geral.

Há um legítimo trabalho em equipe dos personagens que é satisfatório de acompanhar, e o chefe final tem um dos designs mais brutais que eu já vi desde os Gedoshuu em Shinkenger/Power Rangers Samurai.


Ao final do dia, é uma sessão da tarde, o que não é necessariamente um demérito. É um filme-pipoca pra ver com a cabeça desligada, um fast-food. Mas é delicioso e proveitoso, e que talvez valha a pena ver com amigos que conheçam o estilo de jogo que o filme constantemente referencia, pode resultar em alguma piada no meio do caminho.

E por algum motivo, o filme foi um sucesso e ganhou uma sequência 2 anos depois:




Throne of Elves (2016)


Esse filme é uma continuação direta do anterior, mas eu tenho dúvidas quanto à validade da afirmação "tu não precisa ver o original pra entender esse."

Por um lado, é uma sequência direta e tu não vai entender completamente o peso do relacionamento entre os personagens caso não tenha visto o primeiro, ou detalhes da trama que poderiam te deixar pensativo ao invés de "ah é eu vi como no primeiro filme isso aconteceu, verdade".


Por outro lado... Esse parece ser um filme que tenta ignorar o primeiro nos detalhes. Provavelmente culpa do pessoal da dublagem/tradução, já que a maioria das diferenças vem daí. Primeiro que o nome do herói é realmente Peixe, não mais um apelido bruto dado pelo Tanque, cujo nome eu ainda não me lembro. O IMDB mesmo dá nomes diferentes pro mesmo personagem nos dois filmes. Até os noms dos cachorros foi mudado, antes era One e Two e agora é Bow e Arrow. Enfim.

Aliás, é curioso como a página de Throne of Elves no IMDB não tem nenhum link pra Dragon Nest, nem aparece no "people who also watched this...". Ao invés tem um monte de filme que aparentemente não tem nada a ver, são trhillers, dramas, terror e ação, e no meio tem um de animação que parece ser sobre dois ursos e alguma mensagem ecológica.

E você achava o algoritmo do YouTube zoado.

O elenco de dubladores também mudou, mas como tem mais gente que nunca teve um papel grande, então eu nem consigo fazer uma piada com isso. Então... pra história.


A rainha dos elfos vai se casar com o irmão de Lire, e eu gostaria muito de saber se a rainha é a mesma personagem do filme anterior, mas, como eu mencionei antes, Throne prefere fingir que o primeiro não existiu quando isso lhe é conveniente. O problema é que o irmão de Lire ODEIA os humanos e desaprova completamente o namoro de sua irmãzinha com um SARNENTO PESTILENTO MALTRAPILHO HUMANO, mesmo que esse mesmo humano tenha salvado seu mundo de um dragão dumal do tamanho do Estado do Pará. Mesmo assim, Lire convida Peixe, Tanque, e o Velho Ferreiro pra festa. Cadê o resto do pessoal? O filme não se importa, eu não me importo, e você não se importa.

Mas como aprendemos com Joseph Climber, a vida é uma caixinha de surpresas. No mesmo dia do casamento, a irmã da Rainha aparece tocando o terror, como se ser uma elfa negra fosse similar a ser uma fada sombria.

ELFA MILLENIAL DESGRAÇADA MALÉVOLA É UMA BRUXA NÃO UMA FADA TOMARA QUE VOCÊ SE ENGASGUE COMENDO JUJUBA SUA HEREGE BESTIAL IMUNDA


Enfim, a irmã da rainha quer roubar a jóia da vida ou gema da vida seja lá como se chame, que é usada na cerimônia e tem um poder mágico absurdo, e obviamente ela quer pra fazer maldades e tomar o poder. Ela já tem uma gema sombria que usou pra trazer fantasmas elfos de volta à vida pra servir em seu plano maligno e que de quebra ainda dá aquele lance de "EU QUERO MAIS PODEEEERRRRRR" que sempre tem em histórias assim.

Ela sequestra a rainha no dia de seu casamento, e a Lire foi confiada a gema da vida, e então a arqueira embarca junto de seu irmão e um exército numa jornada pra regatar a rainha. Peixe e os outros vão de intrometidos porque o relacionamento entre ele e a elfa loirinha fofolete não ficou bem esclarecido.


Eu não sei se foi o aumento de americanos na produção do filme (visto que aparentemente tem um mercado pra esse filme nesse lado do globo, eu acho...?), mas a história de Throne of Elves é mil vezes mais acompanhável que seu antecessor. O filme tem um ritmo bom, uma exposição melhor dos personagens e suas emoções, e são situações relacionáveis, familiares a nós.


O irmão da Lire não aprova o namoro dela com um humano, e ele tem... ótimos argumentos. A vida de um elfo é incrivelmente mais longa em comparação a de um humano, o cara só quer evitar que sua irmã tenha de sofrer perdendo seu amor num tempo que pra ela será muito curto. É compreensível.

Ao mesmo tempo, os dois parecem ter uma química fofinha e... É. O romance é bem básico, tipo... bare minimum. Mas não é tanto o foco aqui, e sim a jornada de fantasia. O romance entre os personagens é só mais uma motivação pra jogar eles em perigos desconhecidos e dificuldades incontáveis, atravessando o caminho até o castelo além da cidade dos goblins e blablabla.

Mas ao menos a animação melhorou o suficiente pra que os personagens possam transmitir as emoções. Eu realmente fiquei de coração partido com a forma que a Lire termina com Peixe, mesmo sendo algo relativamente simples de resolver. Mas ao mesmo tempo ela tinha coisas mais importantes pra se preocupar, como o casamento e guardar a gema da vida, então não era algo que fosse prioridade no momento. Ainda assim, as nuances na atuação dela são bem detalhadas e podemos ver toda a gama de sentimentos que ecoa na mente dela.

E não só ela, mas Peixe também passa por suas provações. Durante a invasão da elfa negra, ela fere sua mão e ela passa a controlá-lo, sussurrando constantemente por telepatia. Ela tenta seduzi-lo a fazer seus feitos maléficos em troca de dar a ele o que ele quer: Lire. Ela até faz aquela rotina tradicional de "você e eu somos bem parecidos" e etc. É clichê, mas funciona.


E como agora temos menos personagens, podemos nos focar e desenvolver mais nesses aqui, correto? É... Mais ou menos. Peixe e os elfos ainda tem bem mais foco que o Tanque e o Ferreiro, mas eles ainda servem de alívio cômico e tem uma utilidade de batalha. Mas ao menos passamos mais tempo com eles e o tempo que passamos é divertido. Eu gosto de estar com esses personagens, mas eles sempre passam aquela sensação de que não tem muito a oferecer.

Mas só por ser uma história mais focada e num vilão que podemos realmente conhecer e entender as motivações (por mais clichês que sejam), é uma melhora válida, torna o filme melhor de acompanhar. É legal ter um filme "emulador" de RPG, mas tu não fica emocionalmente investido da mesma forma. Ainda que tenhamos cenas curtas que desenvolvam um pouco os personagens, ainda são cenas curtas e ligeiramente desconexas. Aqui o peso dos relacionamentos toma uma proporção maior, e tudo colabora pra que tu se sinta investido no Peixe e na Lire.

O problema é que provavelmente foi isso que diminuiu as cenas de ação.


Como o filme anterior tinha menos história pra desenvolver, podia passar mais tempo descendo a mãozada em inimigos genéricos. Por mais criativas que fossem, talvez acabassem sendo longas demais e cansativo depois de certo ponto. Aqui é um pouco melhor ritmado, o filme sabe que não precisa ficar te jogando uma ação frenética sem motivo pra te manter atento, ele deixa os personagens respirarem e a ação mesmo só vai ter nos momentos que é pra ter.

E no clímax.

Oh, raios, o clímax.

O clímax parece ter saído diretamente da massa cerebral de Tetsuya Nomura.


Lembra de quando tu jogou Kingdom Hearts pela primeira vez? Lembra do chefe final? Lembra das piadas de "This isn't even my final form"? É basicamente o que acontece aqui no clíamx, é uma parada que não tem mais fim. Quando tu acha que acabou acontece alguma coisa pra estender e tu é pego desprevenido e fica pensando "como RAIOS eles vão sair dessa agora?" e acaba implorando pro Kamen Rider Den-O aparecer pra chutar a bunda da elfa negra.

E embora seja um clímax do balaco baco, prejudica o final que acaba meio sem sal. Não é como se ele não fechasse os arcos que criou nem nada, mas não é tão satisfatório como deveria. Não tem um retorno com elixir completo, eles não celebram a vitória, ou voltam pra casa, ou tem uma grande reunião dos personagens, eles só disparam a moral do filme e acabam.


Esse filme parece que quis se ligar ao jogo o menos possível. Warrior's Dawn parece muito uma propaganda pro jogo online, enquanto o segundo tenta contar uma história que acontece no universo do jogo. Nenhum dos dois precisa ter conhecimento do jogo pra serem assistidos, só precisa da mentalidade e humor certo.


Ambos os filmes são filmes sessão da tarde, tão profundos quanto uma capinha de celular comprada no camelô, mas que são divertidos à sua própria maneira. Eles basicamente fazem uma fórmula de filme-pipoca que é provada que já deu certo outras vezes: ele sabe exatamente o que é e não tenta ser mais do que isso.

Talvez valha a pena ver pela curiosidade, ou pela animação. A CG nos dois filmes é ESPETACULINDA, e o design de personagens e monstros e mundo é genérica, mas muito linda e com toques criativos. O que é estranho que se fosse eu vendo isso numa propaganda do jogo eu diria "eeehhh genérico demais pro meu gosto", mas ele tem conceitos legitimamente criativos que não dá pra não apreciar em algum nível.

De novo, só precisa ter a mentalidade certa e um humor certo. É legal pra ver com amigos e zoar os clichês, mas também tem coisas que são bacaninhas.

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