Existe um velho ditado no ramo de entretenimento, especialmente em filmes: se
viu o penta… Não, pera, esse é outro… Se algo não está quebrado, faça uma
sequência ou reboot até esmigalhar esse algo.
E ao que parece,
quanto maior a companhia, maior a probabilidade disso acontecer, como temos
visto recentemente com a Disney, Warner, e Amazon, que dia desses comprou os restos da
MGM.
Outras empresas tentam entrar no mesmo nicho de roubar uma
IP pertencente a outros e estragá-la a um nível que só lhe resta coçar a cabeça
e quotar alguma frase do Angry Videogame Nerd, começando por “WHAT WERE THEY
THINKING?”.
Ah, Natal. Cês que já são antigos por aqui sabem do meu amor quase
incondicional com filmes que envolvem a festa ou qualquer parte da lore ou que
façam algo interessante com o folclore ao redor do Papai Noel.
Claro, muitas vezes estúdios usam isso como desculpa pra empurrar fezes goela
abaixo de seu público, mas quanto menos falarmos de
Esqueceram de Mim 4, melhor.
Mas vez ou outra os filmes usam o Natal como mero pano de fundo pra uma
história, e tudo bem, às vezes é só uma ferramenta narrativa e outras vezes é
porque os caras tinham preguiça de trocar o cenário. E hoje vamo dar uma olhada
em alguns desses filmes que se passam durante o Natal, mas suas histórias não
tem necessariamente uma conexão forte com a festa.
Eu tentei pegar alguns filmes menos óbvios do que... sei lá, Die Hard. É um
pouco difícil de procurar filmes que se encaixem nesse quesito, mas eu peguei
só uma amostra, porque eu tou com outras coisas na lista de Natal.
E também porque eu sinceramente não consigo lembrar de tantos filmes com essas
características, mas eu tou ficando velho, eu posso me esquecer.
Até o momento os filmes de Dr. Dolittle não foram tão ruins. Digo claro, o musical de 67 chega a ser maçante e as histórias dos bastidores são infinitamente mais interessantes que o filme; e os filmes com Eddie Murphy abusam de piadas sexuais e de banheiro mesmo sendo um filme teoricamente livre, mas ainda consegue ter alguma ponta de coração.
Se não leu o artigo anterior, é bom dar uma lida e aproveitar, porque a partir de agora é tudo ladeira abaixo.
Adaptações de Dr. Seuss tiveram um caminho doloroso nos últimos anos. É um fenômeno a ser estudado, nos anos 60 cada especial que saía era praticamente um clássico, mesmo com um orçamento equivalente a um episódio do Chaves. Enquanto isso, mega-produções com tecnologia de ponta pós-milênio foram... questionáveis.
Claro, Grinch só precisava de uma aparada nas pontas e um redesign dos Whos (imagina se existisse a internet naquela época), mas The Cat in the Hat definitivamente matou adaptações live-action dos livros, por motivos óbvios.
Mas nós quase poderíamos ter vivido numa timeline diferente. Logo após o desastre peludo com Mike Myers, a viúva do Dr. levou os direitos autorais pra Fox, já que a Blue Sky tava atrás de fazer um filme baseado em Horton.
Provavelmente pra testar os próprios limites, já que eles tinham acabado de fazer dois filmes com histórias originais (Era do Gelo e Robôs), e tentaram fazer uma adaptação pra sei lá expandir os horizontes.
E assim tivemos Horton, a primeira boa adaptação de Dr. Seuss pra um longa.
Se você tem o mínimo de contato com rede social, provavelmente sabe que vai sair um filme novo de Dr. Dolittle. De fato, se tudo correr bem, será essa semana mesmo, logo depois de eu publicar esse artigo.
E caso você seja um VERME INCULTO E PURULENTO e reclame "ain é totalmente diferente do original com ÉDI MUHPY", é porque não conhece as origens do Doutor.
Mas eu não te culpo, não parece ser um conceito que devia durar por mais de 10 minutos. E ainda assim teve 15 livros, porque o pessoal dos anos 20 não tinha muitas opções de entretenimento, aparentemente. Era uma época que eles tinham que sair de casa pra ver desenho animado, pelo amor do raio.
E como eu também não tenho muito o que fazer e ainda não decidi prezar pela minha saúde mental, vamos passear por todas as produções audiovisuais de Dr. Dolittle.
Menos o filme novo, que caso eu veja, terá um artigo só pra ele que eu linkarei aqui depois.