Filmes Que Se Passam Durante o Natal, Mas Não São Sobre o Natal


Ah, Natal. Cês que já são antigos por aqui sabem do meu amor quase incondicional com filmes que envolvem a festa ou qualquer parte da lore ou que façam algo interessante com o folclore ao redor do Papai Noel.

Claro, muitas vezes estúdios usam isso como desculpa pra empurrar fezes goela abaixo de seu público, mas quanto menos falarmos de Esqueceram de Mim 4, melhor.

Mas vez ou outra os filmes usam o Natal como mero pano de fundo pra uma história, e tudo bem, às vezes é só uma ferramenta narrativa e outras vezes é porque os caras tinham preguiça de trocar o cenário. E hoje vamo dar uma olhada em alguns desses filmes que se passam durante o Natal, mas suas histórias não tem necessariamente uma conexão forte com a festa.
Eu tentei pegar alguns filmes menos óbvios do que... sei lá, Die Hard. É um pouco difícil de procurar filmes que se encaixem nesse quesito, mas eu peguei só uma amostra, porque eu tou com outras coisas na lista de Natal.

E também porque eu sinceramente não consigo lembrar de tantos filmes com essas características, mas eu tou ficando velho, eu posso me esquecer.

Sem mais delongas, avante!


Meet me in st. Louis


"Kapan qual o lance do Sonic abrindo esse artigo? Qual a lógica?"

Hã? Sonic? Onde?

"A primeira imagem do art-"Enfim...

No quesito "filmes natalinos com humor negro", cê não pensou que veria um filme da Judy Garland no meio, mas cá estamos. Esse filme é um exemplo do tipo de filme mais comum de sua época, quando a Jornada do Herói não tinha sido popularizada por Lucas Andarilho do Céu e seu bando de amigos de RPG medieval, e a narrativa ainda era muito evocativa do que era feito no teatro, incluindo a falta de trilha sonora recorrente.

Meet me in St. Louis (ou, na versão que distribuíram em Caucaia, Agora Seremos Felizes; na capital, o filme foi conhecido como Rramu se Encontrar no Cineteatro São Luiz) é um filme que consiste em vinhetas curtas contando alguns dias na vida da família Smith. Baseado nas memórias reais de Sally Benson (que no filme é representada por Agnes, embora o apelido de Sally fosse Tootie), acompanhamos Judy Garland e sua irmã mais velha enquanto elas tentam viver em meio a casamentos que nunca acontecem, namoros que demoram a acontecer, e a irmãzinha mais nova funda tradições do Halloween.

...é mais interessante do que eu faço parecer.


É um slice of life, sim, mas ele tem opções estilísticas interessantes e curiosas, especialmente por se tratar de um filme antigo que retrata um estilo de vida que na época do filme já era considerado antigo, provando que nenhum registro Histórico é confiável e você devia desconfiar de tudo, até de você mesmo.


A história principal acaba sendo o romance de Judy e o novo vizinho, que se desenvolve através dos quatro momentos que acompanhamos a família: verão, outono, inverno, e primavera. E também tem algo a ver com a Feira Mundial em São Luís do Maranhão ou algo assim, sei lá.


Embora ele não tenha os pontos clássicos da Jornada do Herói, dá pra notar eles claramente se pensar um pouco, mas a maneira que a história é apresentada, com momentos aparentemente desconexos, pode tornar a experiência ligeiramente cansativa. O que compensa isso e torna o filme mais agradável são as relações da família e como eles interagem entre si.

O pai é um típico Sr. Banks, que tenta ter o controle e respeito da família, mas constantemente se vê em falta nesses aspectos. Às vezes pro próprio bem, porque ele já tem coisa demais pra se preocupar, e às vezes, por ele tomar uma grande decisão sem antes consultar a família, presumindo que tudo acabaria bem, o que mostra o quão desconexo de tudo ele estava.

Os personagens mais ativos são as filhas do Smith, que inclui Judy Garland como Esther, uma das irmãs do meio que sonha em ser vista como a mulher em acenção que é (tal qual a própria Judy na época); a irmã mais velha com um namorado em Nova York que nunca propõe casamento; Agnes, a filha criança mais velha; e Tootie, que é a mais nova na casa e é a melhor personagem.


Ela soa muito como a Wandinha Addams, soltando piadas de humor negro de maneira absurdamente natural, mas ao contrário da menina que é constantemente confundida com sua mãe sabe-se lá o motivo, ela fala com uma alegria e inocência infantil que eu não consigo fazer nada além de rir.

Imagina uma pivetinha fofa e pululante tendo que dizer coisas como:


Pois é, ela é demais, e tem um subplot próprio onde ela mostra sua coragem e valor no Halloween, quando as tradições que conhecemos hoje ainda não eram bem estabelecidas e envolviam crianças pregando peças nos vizinhos, de bater na porta deles e jogar farinha cara, considerando uma “morte”.

Deve ser assim que as crianças se divertiam antes do NES ser inventado.

É um filme divertido de ver, mas ao final do dia eu não consegui tirar muito proveito dele. Talvez eu esperasse um musicalzão, com mais música e dança e grandes momentos, mas o que o filme realmente é não é isso. E pelo que é, é ok. É divertido, engraçado, e bem vaudevilliano, o que é perfeito pra Judy Garland.


Eu acho que acabo preferindo a Judy Garland mais nova, quando ela ainda tinha um ar de inocência nos seus papéis, e antes de ficar totalmente perturbada mental depois de ser moída por Hollywood.

Não que os papéis maduros dela sejam ruins, mas aqui ela já tava sofrendo os efeitos de uma vida inteira tendo que tomar remédios pra dormir, acordar, e se manter em pé durante o dia. Isso acaba prejudicando a performance, e esse filme sofre um pouco disso por ser um momento de transição. No começo das filmagens, Judy não tava levando o papel a sério, a entrega das falas era meio debochando do roteiro, que soava bobo. Nesse ponto da carreira ela tava cansada de papéis infantis, e queria ser reconhecida como a mulher que era, mas também como a atriz glamurosa que se tornara.

Ninguém passa por Hollywood sem ter um problema mental ou de ego. Desvio sexual é padrão por lá, então nem entro nesse ponto.

Literalmente Judy Garland em Mágico de Oz.

Mas era um fato pouco sabido na época que Judy tinha diversos problemas causados pela sua rotina absurdamente desgastante e super-dependente de remédios. Aqui ela já fazia suas birras e atrasava a produção por simplesmente não aparecer, algo que se tornaria recorrente.

Mary Astor, a atriz que fazia a mãe Smith, até deu uma bronca na Judy uma vez, porque ela tinha atrasado a produção outra vez, e como um dia Judy tinha sido uma grande profissional que fazia as coisas direito e ajudava todo mundo, etc, e a Judy disse pra ela (provavelmente sorrindo) “Eu não durmo, mãe!”

Foi só depois que Mary entendeu o que tava acontecendo com a Judy.


Mas talvez a história mais interessante dos bastidores do filme seja sobre o papel da Tootie. Segundo o IMDB, a mãe da atriz-mirim achava que devia ter um aumento de cachê, porque a piveta, Margaret O’Brien, era uma estrela em acensão. Ela ganhou um Oscar de Melhor Atriz Mirim, então devia contar pra alguma coisa, nem que fosse usado como moeda de troca. Enfim, o estúdio então anunciou que iria substituir a menina O’Brien por Sharon McManus.

Sharon era filha de um dos eletricistas do estúdio, e os executivos acharam que com essa troca, a mãe O’Brien seria obrigada a aceitar o salário usual. Mas a velha se manteve firme e o estúdio acabou aceitando o aumento.

Durante a produção, o pai de Sharon derrubou uma luz propositalmente perto de Margaret. Ele foi demitido e mandado pra um hospício.


Mesmo que não seja tão memorável quanto outros filmes da época ou mesmo que envolvam Judy Garland, ainda é um filme divertido de ser ver hoje e um bom retrato nostálgico de americana. Cê sabe, os Good Old Days.

Tanto é que a Trolley Song, quando não está sendo cantada em português por João Gilberto, é entoada na Main Street Disneyland, junto de Put Up Your Sunday Clothes e That’s How You Know.

Porque raios eles cantam uma música de Encantada que tem referências nos dias atuais ou da Europa medieval junto de genuínos clássicos americanos pré-Segunda Guerra, eu não sei.


Edward Mãos de Tesoura



Por incrível que pareça, eu nunca vi Edward Mãos de Tesoura na vida. Pois é. Até pesquisar sobre esse tema de filmes que se passam no natal mas não são sobre natal, eu tinha até dúvida se dava pra considerar botar nessa lista.

Eu tinha uma vaga lembrança de algum visual que devo ter visto em algum vídeo do Nostalgia Critic do Edward fazendo a escultura de gelo, criando uma neve artificial.

Wathever, boa hora pra assistir. E… Eu achei que gostaria mais, mas talvez eu tenha que ver mais vezes? Acontece muito quando eu vou ver filme que se tornou clássico pra todo mundo mas eu nunca vi na vida, eu acabo esperando um pouco mais. O fato de eu ter visto esse filme com sono também não ajudou.


Pra você que assim como eu nunca viu esse filme, vamo ver a sinopse. Uma revendedora da Avon fracassa miseravelmente em suas tentativas de vender suas quinquilharias pra suas vizinhas, e após passar por todas as casas, decide tentar no castelo sombrio e isolado.

Essa é uma história que claramente poderia se passar em Fortaleza, mas não, é uma versão cartunesca da California, completa com a CalArts, que aqui foi substituída pelo castelo tenebroso.

Poderia ser a Casa do Português, no entanto.

No castelo, a moça encontra Edward, um gótico com tesouras no lugar das mãos, e vendo que o rapaz provavelmente não comia nada há anos e tampouco tinha alguém pra cuidar dele, resolve levar o cara pra casa e adotar ele, sei lá.


A partir daí temos vinhetas mostrando Edward tentando se adaptar à vida suburbana e os suburbanos tentando se adaptar a Edward e seu jeito estranho e perigoso de ser.

Porque né, tesouras no lugar das mãos.

Yeah, yeah, o filme tem uns arquétipos MUITO óbvios a outros contos clássicos. Frankenstein, Pinóqio, Bela e a Fera, Mulher Nota Mil, por aí vai. E a narrativa meio tronxa do filme combina com esses tons e também com os filmes expressionistas alemães, completo com um prólogo e epílogo, tal qual O Gabinete do Dr. Caligari, que eu ainda sustento, é a adaptação mais bizarra de CasteloRá-Tim-Bum que eu já vi.


Eu sei lá, pra mim não funcionou como deveria ser, mas eu entendi o propósito do filme. Ele não tenta ser uma história moderna, ele tenta ser um conto de fadas moderno, completo com personagens risivelmente rasos mas que cumprem um propósito na moral que querem passar.

E ainda assim, são personagens atuados de uma forma fabulosa. Cada um deles consegue passar exatamente o que o personagem deve ser ou como pensa, e dá pra ver uma mudança de atitude em um personagem ou outro, o que os torna mais interessantes do que um personagem de fábulas.

Mas especificamente a Winona Ryder é a que mais se transforma durante o filme, por lentamente mudar de opinião quanto ao Edward e considerar melhor suas amizades, que são o equivalente a um bando de estudante de faculdade pública.

Tem a vizinha que é louca pra trocar fluidos corporais com Edward… por algum motivo; e o pai da família, que parece não se importar com nada, mesmo quando Edward diz durante um jantar em família “a vizinha tirou a roupa na minha frente”.


Edward mesmo é atuado de uma forma que o torna quase um coadjuvante, ele quase nunca age por si só, sempre é empurrado pelos outros a fazer algum uso de suas habilidades especiais, como se ele fosse os primos do Stich na série animada.

Considerando que esse filme agora é da Disney, eu não estranharia um spin-off.

Eu não sei se é uma discrepância tonal muito grande pro meu gosto, de ver personagens e temas que claramente pertencem a um filme de comédia adolescente da sua época com uma narrativa e temas tão próprios de um conto de fadas gótico.
Digo, eu consigo ver as duas coisas funcionando entre si de alguma forma, mas a maneira que o filme trabalha as duas coisas... me soou estranho demais. Talvez seja essa discrepância que atraia seu público, e eu não posso negar que há valor nisso.

Só que… sei lá, o filme não fez nada pra mim.


Talvez se eu assistir ele mais algumas vezes, sabendo o que esperar e entendendo melhor o que ele tenta fazer, talvez eu passe a gostar a um nível mais pessoal. A um nível crítico e técnico, eu gostei de ter visto, são temas e idéias interessantes já conhecidos, mas trabalhados de uma forma original e que vale a pena ser visto ao menos uma vez.

Pra mim? Éééé… Talvez eu prefira ver O Estranho Mundo de Jack, por motivo nenhum exceto que ele é um musical. Eu aprecio o esforço de Tim Burton em contar uma fábula tão pessoal a ele e até a outros envolvidos na produção, mas talvez eu precise revisitar mais algumas vezes no futuro.

E olha que eu normalmente gosto de personagens trágicos, mas por qualquer motivo... Sei lá, não bateu.
Mas é interessante notar que Burton conseguiu usar a última atuação de Vincent Price no filme, e a última cena que ele interpreta, é a morte do cientista maluco.



Family Man


A Felicidade Não Se Compra é um marco cultural do cinema, com trocentas versões feitas usando sua premissa básica, geralmente com personagens já conhecidos, porque de outra maneira reaproveitar esse plot não teria graça.

Caso fossem personagens novos, teria que ser um retrabalhamento absurdo da premissa, a ponto de tornar todas as regras de mundo em algo vagamente similar ao épico dramático de George Bailey, ao invés de contar uma história nova com as exatas mesmas batidas narrativas.

Ou misturar com Groundhog Day e gerar Tudo Bem Até o Natal Que Vem.

Digo, ok, funciona pra Uma Canção de Natal de Charles Dickens, mas não é a mesma coisa.

Um Homem de Família não faz um exato recontamento de A Felicidade Não se Compra, ou de Christmas Carol. Ainda assim, seu plot tem muito a ver com os temas e narrativas gerais dessas histórias, se a gente pudesse misturá-las e virar do avesso.


Nicholas Cage interpreta um maluco podre de rico, CEO de alguma companhia farmacêutica ou hospitalar ou alguma coisa do tipo, eu sei lá, não entendo de geografia. Não importa o que a companhia faz de fato, o que importa é que Cage vive como um rei, aumentando seu tesouro, vivendo em uma mansão, e fornicando com qualquer dama do reinado que ele queira.

Até que um dia ele recebe uma ligação de uma antiga namorada de faculdade, o que o faz questionar algumas decisões de vida, pelo menos por um segundo. O suficiente pra voltar pra casa andando na véspera de Natal, onde ele encontra Don Cheadle, mais famoso pela sua narração no remake de Wonder Years.

Quê? Como assim cê não sabia que existe um remake de Wonder Years com um elenco predominantemente negro narrado pelo Don Cheadle?


Enfim, em 2000 a Marvel ainda não tinha encontrado sua gansa dos ovos de ouro em Homem de Ferro, então o pobre ator se encontra assaltando uma loja de conveniência, que convenientemente (HA!) tem Nicholas Cage como um de seus clientes. Cage tenta argumentar com o maluco, comprando seu bilhete de loteria falso, e Cheadle aceita porque senão a gente fica sem plot pra seguir.

Após uma conversa ligeiramente críptica, Cage volta pra casa pra mais uma boa noite de sono reparador, até que ele acorda numa casinha no subúrbio metropolitano de Nova Jersey, casado com sua namorada de faculdade, dois filhos, uma cachorra, e uma vida totalmente distante do luxo que ele tá acostumado.

Cheadle o encontra brevemente pra lhe dar direções do que buscar nessa visão de como sua vida poderia ser, e Cage agora tenta buscar alguma coisa que ele não sabe exatamente o que é, mas é provavelmente o que ele precisa.

Então é assim que os outros se sentem quando perguntam o que eu quero comer e eu respondo "qualquer coisa aí".

Eu não sei se o último parágrafo fez sentido, mas pra ser franco, eu tou escrevendo esse artigo ouvindo a trilha sonora de Cats às 4 da manhã, porque eu claramente perdi o controle da minha vida. Eu poderia usar a ajuda de algum anjo, pelo menos pra mudar a versão do álbum na Amazon, que tem uma batida mais rápida que a versão de 98 e mal dá tempo de respirar, nem tem a Rumpelteazer cantando com aquele sotaque cartunesco lindo da versão de 98.

Ou pra me fazer tomar um rumo diferente na minha vida, sei lá.


Obviamente toda a vida de Cage soa absolutamente errada pra ele, que tava acostumado a um trabalho onde o esforço físico era mínimo com uma recompensa imensa, e agora ele é vendedor de pneus na loja do sogro, com filhos e todas as responsabilidades de plebeu.

Esse filme poderia ser igualmente interessante se tivesse Caco Antibes como protagonista, parando pra pensar. Eu também poderia pagar caro pra ver Nicholas Cage no Sai de Baixo.

O roteiro faz um excelente trabalho em construir esses personagens e nos fazer se importar com eles, especialmente Cage. Seu personagem poderia ser facilmente um babaca desprezível e odiável, mas mesmo com uma posição digna de Scrooge, ele ainda é um personagem simpático e divertido de se estar. Mais que isso, a própria ligação da antiga namorada mostra que ele tem um lado mais sensível, que ele evita entrar em contato por N motivos. E vemos que ele tem um pingo de nobreza quando impede Don Cheadle de assaltar a loja.

Tudo isso colabora pra que a gente veja ele de outra forma, mais simpático, um cara que fez escolhas erradas e aprendeu a ser do jeito que é, mas que não é um mau sujeito ao final das contas.


E raio, Cage realmente faz o personagem funcionar. Ele é legitimamente um cara que tá tentando aprender como lidar com sua família, mas não é um bubbling baffoon. Em um filme de comédia pastelã, teríamos mais cenas envolvendo nosso amigo NicCage com dificuldade até de fazer a feira, segurando trocentos pacotes e sacolas sem saber se devia botar o pão junto da carne congelada.

Graças a Deus não temos isso, e a comédia vem de momentos mais pontuais, até espalhados, eu diria. Não temos piadas, mas temos momentos cômicos, coisas que não são exatamente de rolar de rir, mas são divertidas de assistir. Grande parte disso deve à própria performance de Cage e a química que ele tem com Téa Leoni, que também consegue ter seus momentos engraçados.

Same as it ever was...

E é essa dualidade de comédia e drama que faz todo o filme funcionar. A gente recebe um drama leve, que nos ganha pouco a pouco com uma excelente construção de personagens e mundo. Somos constantemente lembrados que o Cage que vemos é o Cage rico e acostumado a ter tudo do bom e do melhor, e dá pra ver que pouco a pouco ele passa a ser quebrado e ir aceitando essa vida de cara comum. E mesmo nessa nova vida, ele demora a realmente mudar por completo, tentando novamente atingir os altos patamares que tinha originalmente.

E mesmo sendo uma releitura moderna de um clássico, seria muito fácil de fazer um filme tacanho com uma lição de moral fácil e personagens cartunescos, mas seguindo o exemplo de Wonderful Life, os personagens são críveis e realistas. A história em si não sofre nenhum rebaixamento de nível, ou uma simplificação de narrativa, o que torna a história consistente e constantemente interessante, com uma nova coisa ou novo twist a cada esquina.


Com isso, a própria mensagem do filme é passada de uma forma natural, orgânica, sem parecer panfletagem ou piegas. É um filme que realmente consegue te fazer pensar em escolhas de vida, e escolher o que é mais importante: servir a si mesmo ou servir aos outros. Claro, servir a si mesmo pode ser bom e necessário, mas nossa função ultimamente é servir aos outros, e Cage aprende isso da forma mais direta possível.

Cage não, o personagem dele. Cês entenderam.

É um bom filme pra ver abrindo a sessão natalina, ou pra ver em qualquer época do ano. Se ainda não o fez, faça.


Esqueci algum filme? Provavelmente, porque eu só tive tempo de ver três desses esse ano, mas deixe sua sugestão de filme que se passa no Natal sem ser sobre a festa em si nos comentários, talvez entre pra leva do ano que vem.

Uma vez dito isso...

NATHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAL

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1 comments

  1. +Kapan, uma sugestão para sua lista de filmes que se passam durante o natal mas não são sobre o Natal é: Feitiço do Tempo (é só substituir o dia da marmota pelo dia de natal e tudo se encaixa)!

    Obs: fiquei pensando, como seria a opinião da Disney em colocar a Mia Wasikowska (a Alice em live action) na franquia Tron da seguinte forma:

    Não como participação especial, mas como protagonista secundária na história (no caso no terceiro filme da franquia Tron), tendo que se virar para voltar para o seu mundo, já que ela não conhece nada do jargão usado na Grade ("The Grid"), quanto das próprias especificidades do local.

    Obs 2: como é que Tron: O Legado (170 milhões de dólares), tendo um orçamento de produção de 30 milhões de dólares a menos que Alice no País das Maravilhas (200 milhões de dólares) consegue ter um CGI consideravelmente melhor sendo que esses filmes foram lançados pelo mesmo estúdio no mesmo ano?

    No mais, continue com o ótimo trabalho e aguardo resposta!

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