Se você fosse me perguntar qual a fórmula Disney básica que pudesse ser aplicada a 90% ou mais das produções, eu diria que é ver o que a concorrência faz e imitar ao seu próprio estilo.
Basicamente o que um YouTuber faz, só que com menos classe e cara-de-pau.
O estúdio e a empresa foram fundados no Mickey, que por si só era uma versão de Oswald, Bosko e outros funny animals de sua época, mas fazendo algo da sua própria maneira e melhor que os outros. Haviam outras adaptações de contos de fadas, mas nenhuma animada com tamanho cuidado e perfeição, algo que outros estúdios tentaram copiar, sem sucesso.
Os parques surgiram porque o velho Walter queria um parque como os que ele visitava, mas que fossem limpos e com atrações pra toda a família. E caso você não possa copiar, você simplesmente compra a concorrência, como foi com a Marvel, Lucasfilm, Fox, e os Muppets.
Na TV, no entanto, isso parecia ser mais óbvio.
Hey, sabia que teve desenhos russos baseados nos livros do Dr. Seuss?
Eu falei de uns ano passado, aqui ó
Mas TEM MAIS!
VAMONOS!
É Março e eu começo a ficar sem idéias do que fazer pro Mês do Dr. Seuss. Essa minha homenagem anual pra um autor cujas obras deviam ser melhor conhecidas na cultura pop ainda se segue, mas como eu resolvi dar um freio na produção de artigos esse ano pra me focar em outras coisas, é bom que eu guardo conteúdo pros próximos anos.
Isso até a série do Soldado Invernal e Falcão referenciar Dr. Seuss e de repente uma pancada de gente aparecer aqui.
Oh bem, até lá, vamo encher liguiça com um especial que é basicamente... encheção de linguiça.
Mas eu gosto de linguiça, ainda mais na pizza.
Eu não sei onde eu queria ir com essa analogia, é quase uma da manhã e eu tou com fome.
...adiante, Halloween is Grinch Night!
Os Sete Anões iriam ganhar seu próprio filme, mas o projeto foi pro ralo e só sobraram dois storyboards e uma animação de teste.
E é esses resquícios que veremos hoje!
Assiste o vídeo depois do break
É bizarro pensar como existem histórias que são melhor contadas em uma mídia específica. Half-Life em filme talvez não passasse a mesma sensação de terror, claustrofobia e senso de perigo que um jogo de tiro com um protagonista mudo consegue passar. Da mesma forma, um ser humano comum não consegue fazer todas as proezas físicas de Tarzan a menos que ele seja um ser animado em um mundo animado, pra que tudo pareça uniforme e haja a suspensão da descrença.
Da mesma forma, eu literalmente não consigo imaginar outra mídia que consiga contar a história de Strings, um filme que devia ter muito mais atenção e deveria ser visto por mais gente.
Li A Whole New World, um livro da série Twisted Tales, que é basicamente uma versão violenta de Aladdin; e vi um desenho dos mesmos criadores de Phineas e Ferb.
Agora eu comento eles.
É isso.
Sim, totalmente sem saco de fazer uma chamada bonitinha e bem-pensada.
RABANADA!
Ouve no Spotify escaneando o código na imagem, ou no Anchor depois do break, ou pelos links mesmo etc
Eu já mostrei outros especiais da Rankin/Bass aqui, como cês devem lembrar de clássicos como Rudolph, Jack Frost, A Verdadeira História do Papai Noel, e O Ano-Novo do Rudolph. E se você tem algum mínimo de conhecimento cultural, sabe que eles costumam fazer especiais natalinos baseados em músicas natalinas.
E hoje não é diferente! Assim como os outros clássicos atemporais de fantasia, num charmoso stop-motion, nos anos 2000 a Rankin/Bass quebrou o jejum de 16 anos sem especiais temáticos e produziu Santa,Baby!, um desenho que usa jazz, personagens afro-americanos, e um estilo 2D que na época era genérico mas hoje já é especial, comparando com o estilo atual que tenta deliberadamente ser o mais feio e desagradável visualmente possível..
...
Totalmente diferente do que eles fizeram durante toda a vida, mas ok.
E mais uma vez, voltamos a Uma Canção de Natal, uma daquelas histórias que se tornaram tão clássicas e atemporais, que tentar encaixar personagens e conhecidos nos papéis é uma boa maneira de conhecer ou testar personalidades, assim como Alice no País das Maravilhas e O Mágico de Oz.
Ou talvez só eu que faça isso no meu tempo livre e por isso que minha única companhia é um copo de isopor com um rosto desenhado.
Enfim, já que Uma Canção de Natal é domínio público, vamo aproveitar pra fazer quantas versões quisermos né, porque é uma história que fomos acostumados a simplesmente aceitar no final do ano e que dá margem pra várias interpretações criativas.
No entanto... É possível cansar dessa história, por incrível que pareça. Então qualquer novidade que se possa colocar na historia se torna mandatória em adaptações, e foi algo assim que O Cântico de Natal dos Flintstones tentou fazer, e caso não tenham notado, é sobre ela que comentarei hoje.
Se não notou isso ainda, procure um médico. Ou o Faustão, sei lá.
ELE VOLTOU!
EM FORMA DE TAZOS!
...
Essa piada ficaria muito mais interessante num vídeo com aquela cena do episódio de Simpsons onde o Bart vende a alma pro Milhouse. Mas enfim, teve um tempo que Pac-Man teve um desenho na TV, produzido pela Hanna-Barbera, o mesmo estúdio de Cavalo de Fogo, Papai Sabe Nada, Feiticeira Faceira, Frankenstein Jr. e Os Cavaleiros da Arábia!
...
Ah, sim, e Scooby-Doo. Sabia que tava esquecendo de algo.
Como a maioria dos desenhos da época que se aproveitavam de uma propriedade já conhecida, Pac-Man era um desenho criminalmente boboca, mas que não conseguia esconder suas falhas com alta tecnologia e torcia pra que crianças que se entupiam de doce e cereal estivessem com o cérebro tão alterado pela alta taxa de glicose no sangue, que não notariam todas as falhas de roteiro.
Alguns desenhos da época ainda tinham um cuidado extra pra envelhecer melhor, outros nem tanto.
Pac-Man entra no segundo grupo.
Não existem muito especiais de Dia de Ação de Graças (ou Thanksgiving, enfim), mas dentre os poucos que existem, alguém em algum lugar achou que seria uma boa idéia fazer um especial temático da data com os personagens de Mágico de Oz.
Porque se tem uma coisa que grita peregrinos, índios, peru assado e macarrão com queijo, essa coisa é Oz!
...né?
Assiste o vídeo depois do break:
Não sabe o que tem disponível no Disney+? Assinou mas não sabe como achar um filme ou franquia específica? Quer explorar e achar filmes que nunca ouviu falar antes? Acha que tá faltando alguma coisa na plataforma?
Eu vou responder TODAS essas perguntas nesse vídeo, tá longo mas eu deixei timestamps pra facilitar a navegação.
Acessa aí depois do break:
POIS É, NEM EU!
Eu queria ter terminado antes, mas eu tenho dois bons motivos. Primeiro, eu tava desenvolvendo mais o canal e me aprimorando na edição de vídeo, o que ocupou mais do meu tempo do que o esperado. E segundo...
...
O primeiro filme é uma desgraça tão grande que eu evitava de assistir por puro mecanismo de defesa.
Sendo assim, ADIANTE!
Se você tem ao menos um pingo de amor à vida, deve conhecer Ninja Gaiden. Se não jogou, ao menos conhece a lendária dificuldade dos jogos de NES, numa época onde os jogos eram feitos de maneira quase artesanal e precisavam de uma dificuldade absurda pra fazer valer o preço do cartucho.
Não tinham como enfiar trocentos DLCs, patches, nem detalhar os poros do rosto dos personagens, então eles compensavam com uma dificuldade hercúlea, mas que não era injusta em alguns casos, só exigia um nível de dedicação e treinamento que só moleques de 8 anos tem.
Maldito sistema de ensino que nos obriga a fazer trabalhos e pesquisas sobre coisas que absolutamente ninguém, nem mesmo os profissionais da área usam, quando poderíamos usar nosso tempo de forma mais útil. Dia desses eu me surpreendi que consegui zerar Robin Hood - A Lenda de Sherwood em menos de uma semana, jogando só um pouco por dia.
...onde eu estava? Ah, sim, Ninja Gai-den. HAI!
Então, anos 80 e 90 a série estava no auge... Aparentemente, porque nada mais justifica fazerem um filme direto pra vídeo que se passa entre um jogo e outro. Basicamente, um DLC da época, se parar pra pensar.
Então... avante.
Há alguns anos atrás, eu escrevi sobre um desenho canadense que... simplesmente soava fora de lugar comparado ao futuro do estúdio. Empresa. Nelvana.
Rock and Rule era um filme que tentava ser pra adultos mas ao mesmo tempo em que pegava um público mais jovem que fosse "edgy", aquela "molecada barra pesada que se mete em altas aventuras".
Na época eu achei uma história com vários problemas que me distraíam dos bons aspectos do filme, mas que tem um valor pra mídia de animação, e é um filme legal de rever vez ou outra.
Mas uma coisa que eu deixei passar é que ele foi feito com base em outro desenho da Nelvana.
Mas uma coisa que eu deixei passar é que ele foi feito com base em outro desenho da Nelvana.
E é sobre ele que veremos hoje: The Devil and Daniel Mouse.
Assiste aí depois do break
22 de Abril de 2001. DreamWorks lança seu mais novo filme animado: Shrek. O longa é uma subversão dos contos de fadas, zoando e distorcendo clichês do gênero em geral e também os popularizados pela Disney.
Jeffrey Katzembug, o ex-executivo de alto escalão da Casa do Rato, deixou a companhia e fundou a DreamWorks junto de Steven Spielberg e o outro cara que ninguém lembra. Eu conto isso em detalhes no Tio Walt, mas hoje o assunto é outro.
Enfim, Shrek conseguiu grande reconhecimento do público e crítica por ser um comentário aos clichês de contos de fada e de filmes sobre esses contos, trazendo uma camada edgy, moderna e referenciando cultura pop. Durante muito tempo, TODO mundo queria ser Shrek, e até a Disney começou a entrar na onda com Encantada, e depois Frozen e Moana.
Sapatinhos Vermelhos e os Sete Anões é um remanescente do período atual onde Shrekismo se tornou o status quo, só que com uma opinião e história bem mais honestas.
Quase isso. O comentário, zoeira com contos de fada e piadas com gases não são o foco aqui.